Dirigente alemão critica modelo intervencionista do Estado francês

A crise na zona do euro e a atuação ainda hesitante do presidente francês, François Hollande, para combater o rombo nos cofres públicos continuam em destaque nos jornais.

Hans-Peter Keitel, presidente da Federação Alemã da Indústria. Wikipedia

A imprensa comenta hoje o puxão de orelha dado nessa terça-feira na França pelo presidente da Federação Alemã da Indústria, Hans-Peter Keitel. O dirigente criticou o modelo econômico francês, considerado por ele excessivamente intervencionista e prejudicial à atividade empresarial.

O diário econômico Les Echos destaca trechos do discurso de Keitel feito durante um fórum bancário em Frankfurt. "O crescimento alemão é obtido nas empresas, enquanto na França o crescimento é concebido a partir do intervencionismo do Estado", afirmou o dirigente. "Acredito que será o fim da zona do euro se a França vier a sofrer as pressões do mercado exercidas atualmente sobre a Espanha e a Itália", disse Keitel. Ele recomendou ao presidente Hollande uma mudança rápida de orientação, revelando a crescente preocupação da Alemanha com a situação de seu principal parceiro comercial e político na Europa.

Também em destaque em todos os jornais de hoje o fim da temporada de transferências no mercado europeu de futebol. Mais uma vez os jogadores brasileiros fizeram sucesso e protagonizaram contratações milionárias: Thiago Silva (42 milhões de euros) e Lucas Moura (40 milhões de euros), no PSG, e Hulk (60 milhões de euros), no Zenith de São Petersburgo. Como não acontecia há muito tempo, o PSG, do diretor esportivo Leonardo, foi o time que mais investiu com o dinheiro dos sócios do Catar: ao todo 145 milhões de euros.