Lufthansa e sindicato nomeiam mediador para greve histórica
Nesta sexta-feira, a greve histórica dos tripulantes da companhia aérea alemã Lufthansa, exigindo melhores salários e condições de trabalho, obrigou a diretoria a aceitar a intervenção de um mediador. Centenas de voos foram cancelados, afetando milhares de passageiros. A mediação é um procedimento comum na Alemanha durante conflitos sociais e pode abrir caminho para um acordo.
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A Lufthansa anunciou na noite desta sexta-feira que até a assinatura de um acordo não deve mais haver greves. Segundo um porta-voz da companhia, mais de 100.000 passageiros foram afetados e cerca de 1.800 voos cancelados desde o início da paralisação à meia-noite da sexta-feira.
No aeroporto de Frankfurt - terceiro da Europa - e outros aeroportos da Alemanha (Munique, Berlin-Tegel e Hamburgo), diversas manifestações aconteceram depois do apelo do sindicato UFO, mentor do movimento.
Cerca de 2/3 dos 18.000 comissários e comissárias de bordo pararam, reivindicando uma alta de 5% dos salários a partir de abril deste ano, depois de três anos sem aumento. O sindicato também rejeita que a empresa recorra a trabalhadores temporários nos voos fora de Berlim, um procedimento que começou em junho passado.
A Lufthansa, por sua vez, oferece um aumento de 3,5%, aceita renunciar às demissões por motivos econômicos e aos contratos temporários, como pedem os grevistas.
Sábado
O tráfego da Lufthansa ainda deve estar bastante perturbado neste sábado, 8 de setembro, devido às dezenas de cancelamentos dos voos na sexta-feira.
O movimento de greve começou com uma primeira paralisação de oito horas no aeroporto de Frankfurt e depois endureceu, se espalhando por toda a Alemanha.
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