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Protestos/ Islã

Mobilização contra filme anti-islã é marcada por violência no Paquistão

Milhares de pessoas voltaram a se manifestar nesta sexta-feira, dia de oração semanal dos muçulmanos, contra o filme anti-islã, “A inocência dos muçulmanos”, produzido nos Estados Unidos, e as charges do profeta Maomé, publicadas pelo jornal francês Charlie Hebdo. Apesar dos temores dos países ocidentais, não houve distúrbios nem violência, com exceção do Paquistão, onde 15 pessoas morreram e 200 ficaram feridas.

Protesto contra o filme anti-islã em Karachi, no Paquistão, nesta sexta-feira (21).
Protesto contra o filme anti-islã em Karachi, no Paquistão, nesta sexta-feira (21). REUTERS
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Em Bangladesh, onde quase 10.000 pessoas protestaram em Dhaka, os manifestantes queimaram uma imagem do presidente americano Barack Obama e uma bandeira francesa. Milhares de pessoas também se manifestaram no Líbano, incendiando uma bandeira americana enquanto um imã defendia a morte dos atores do filme, e centenas no Iêmen.

Pequenas manifestações anti-americanas também aconteceram na Indonésia onde 200 pessoas protestaram diante do consulado da França em Surabaya, no leste de Java, aos gritos de “Morte à América, morte à França”. Em Cabul, no Afeganistão, somente algumas pequenas manifestações pacíficas foram observadas.

Na Tunísia, onde fortes confrontos na sexta-feira passada deixaram quatro mortos e 30 feridos diante da embaixada americana, o governo, dirigido pelos islâmicos moderados do partido Ennahda, proibiu toda manifestação contra as caricaturas do Charlie Hebdo. No Cairo, alguns manifestantes se reuniram nas proximidades da embaixada da França, que estava sob forte esquema de segurança.

Paquistão

Quase 20.000 pessoas se manifestaram em várias cidades do Paquistão. No começo da noite, o balanço dos protestos era de 14 mortos, dez em Karachi, no sul do país, e quatro em Peshawar, no noroeste do país. Aproximadamente 200 pessoas ficaram feridas, em todo o país. Na capital, Islamabad, as embaixadas dos países ocidentais ficaram sob forte esquema de segurança.

As autoridades paquistanesas decretaram feriado nacional nesta sexta-feira e chamaram de “Dia do amor ao profeta”, para permitir a população se manifestar pela defesa do islã e de Maomé. Enquanto mercados e outros comércios permaneceram fechados, as manifestações se multiplicaram e se intensificaram durante a tarde, após a oração, influenciadas por partidos islâmicos e grupos extremistas.

Os Estados Unidos chegaram a difundir hoje, em canais locais, propagandas na língua nacional, o ourdou, condenando o filme “A inocência dos muçulmanos”.
 

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