Parlamento turco aprova futuras operações militares na Síria

A Turquia intensificou os ataques de artilharia contra uma cidade síria na fronteira, nesta quinta-feira, matando vários soldados sírios. O Parlamento turco autorizou o exército a empreender, “se necessário”, operações na Síria. Mas um responsável pelo governo assegurou que o país não tem a intenção de entrar em guerra com o vizinho.

Posto de fronteira entre a Síria e a Turquia. REUTERS/Murad Sezer

O texto foi aprovado pela Assembleia turca com 320 votos contra 129, reunida durante a manhã em sessão fechada. Assim que a sessão terminou, o vice primeiro-ministro Besir Atalay precisou que o documento não abria caminho para uma guerra contra a Síria.

Ele acrescentou que a Síria apresentou desculpas à Turquia após os tiros de morteiros que mataram cinco civis turcos e provocaram uma série de bombardeios de represália turcos contra posições fiéis ao presidente Bachar al-Assad.

A autorização parlamentar permite que o governo, no período de um ano, empreenda operações armadas na Síria. A constituição do país prevê que toda operação militar externa precisa da autorização prévia do parlamento.

O Parlamento turco deve votar ainda nesta quinta sobre a prorrogação de uma autorização para extensão de cinco anos para operações militares em território estrangeiro, um acordo inicialmente previsto para permitir ataques contra militantes curdos em bases no norte do Iraque.