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China/Congresso

Corrupção é ameaça para Partido Comunista, diz Hu Jintao

O presidente chinês Hu Jintao afirmou, nesta quinta-feira, durante seu discurso de abertura do 18° Congresso do Partido Comunista Chinês (CPCC), que a corrupção é a principal ameaça para o partido, mas que este deverá se manter no poder. Ele lembrou que entre as principais tarefas do Partido Comunista está o combate à insatisfação social.

O líder do Partido Comunista da China, Hu Jintao, deu início nesta quinta-feira (8) 18º Congresso Nacional do Partido, em Pequim.
O líder do Partido Comunista da China, Hu Jintao, deu início nesta quinta-feira (8) 18º Congresso Nacional do Partido, em Pequim. REUTERS/Jason Lee/Carlos Barria
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O CPCC, que acontece a cada cinco anos, é o principal evento da vida política chinesa. Durante o evento serão designados os novos líderes do país. É a mudança mais significativa em uma década, pois chega ao fim o governo do presidente Hu Jintao e do primeiro-ministro Wen Jiabao, e a maioria dos principais dirigentes serão substituídos. Mais de dois mil delegados estão reunidos em Pequim para o encontro.

O vice-presidente Xi Jinping deve ser nomeado secretário-geral do partido e ocupar o lugar de Hu Jintao na presidência da China a partir de março. Em um contexto de crise econômica mundial, as decisões do governo chinês estão no centro das atenções.

Durante o discurso de abertura, Hu falou sobre a necessidade de reformas políticas, mas não deu qualquer pista sobre que reformas seriam estas, apenas afirmou que nenhum modelo ocidental deve ser copiado. No campo econômico, ele insistiu na necessidade de um "novo modelo de crescimento" para a China, para reverter a significativa desaceleração que o país enfrenta neste ano.

Esse novo modelo seria baseado no fim dos privilégios do poderoso setor estatal e na reorientação da produção para o consumo interno. O chefe do regime chinês estabeleceu dois objetivos: dobrar o Produto Interno Bruto e a renda da população entre 2010 e 2020. Isso implica manter o crescimento médio acima de 7%, um desafio difícil diante da tendência de queda verificada nos últimos trimestres.

Ao defender as ações de seus dez anos de governo, durante os quais a China passou do sexto ao segundo lugar na economia mundial, Hu Jintao repetiu várias vezes que o objetivo é eliminar a pobreza até 2020. Ele também incentivou as empresas chinesas a ultrapassarem as fronteiras do país e formarem multinacionais.

Hu Jintao enfatizou que "resolver corretamente as relações entre o governo e o mercado" é essencial para o sucesso das reformas econômicas. Quanto ao setor financeiro, ele reafirmou a vontade da China de liberalizar suas taxas de juros, que ainda são muito controladas pelo banco central, e acelerar o desenvolvimento de estabelecimentos financeiros privados.

 

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