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Síria/Crise

Conselho Nacional Sírio não dá sinais de querer integrar oposição unificada

O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal força contra o regime do presidente Bachar al-Assad, declarou neste sábado que ainda tem reservas sobre o projeto de unificação com outros grupos que lutam contra o poder. O projeto está sendo discutido atualmente em Doha, no Catar.

Georges Sabra, novo presidente do Conselho Nacional Sírio, força da oposição contra o regime de Bachar al-Assad.
Georges Sabra, novo presidente do Conselho Nacional Sírio, força da oposição contra o regime de Bachar al-Assad. Reuters
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Unir a oposição síria faz parte de um projeto proposto por diversos países árabes e ocidentais, entre eles, os Estados Unidos. O objetivo é federar a oposição em uma instância executiva apta a tratar com a comunidade internacional e angariar fundos para a causa.Mas a principal força continua pisando em ovos ao tratar o assunto.

O recém-eleito presidente do CNS, Georges Sabra, declarou que abriu um diálogo com os outros grupos e está a par de suas iniciativas, mas afirmou que o conselho tem suas próprias ideias, que serão expostas em breve. Georges Sabra, cristão e ex-comunista, é conhecido por sua intransigência.

O CNS era considerado um interlocutor legítimo pela comunidade internacional, mas sua falta de engajamento é cada vez mais criticada, especialmente pelos americanos. O grupo, que teme ser marginalizado dentro de uma instância maior, já pediu dois adiamentos para anunciar sua decisão.

Fortalecer a oposição

O projeto, atualmente em discussão no Catar, prevê a formação de uma instância política unificada com cerca de 60 membros, representantes das diversas formações da oposição, além dos grupos de civis que participam das ações no país e de grupos de militares desertores. Essa instância deverá constituir um governo de transição formado por dez membros, um conselho militar supremo para dirigir os grupos armados e um órgão judicial.

O CNS preconiza a formação de um governo provisório até a realização de um congresso geral, segundo um documento obtido pela agência de notícias AFP; um fundo de ajuda ao povo sírio, uma direção unificada para o comando militar dentro do país, além de uma instância judicial, também fazem parte dos planos do CNS.

Os debates continuam no Catar e é grande a expectativa sobre a decisão que o CNS vai tomar.

Desde março de 2011 a Síria vive uma onda de violências que registra o trágico saldo de 37 mil mortos.

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