Hollande deverá explicar seus 6 primeiros meses de mandato

Seis meses após assumir o poder o presidente francês, François Hollande, concede sua primeira entrevista coletiva para explicar fazer a ação de seu governo e os jornais aproveitam a ocasião para levantar alguns temas que o chefe de estado deve abrodar.

Capa do jornal francês Le Figaro desta terça-feira, (13) lefigaro.fr

Será que ele vai conseguir dissipar todas as dúvidas? Questiona o Le Figaro em sua manchete.
O jornal conservador, sempre muito crítico em relação ao governo socialista, afirma que Hollande ainda procura seu estilo e a coletiva será a ocasião para o chefe de estado explicar a ação de seu governo.Os primeiros meses de seu mandato foram marcados por divergências entre membros de seu gabinete, lembra o Le Figaro.

O econômico Les Echos lembra que a entrevista coletiva é um exercício obrigatório para o presidente da República e neste primeiro encontro com jornalistas, o jornal listou os objetivos de Hollande: ele tentará defender o balanço de seu governo, mostra que seu governo tem uma direção clara e mostrar que ele é o chefe e apoio totalmente seu primeiro-ministro, Jean-Marc Ayrault.

O católico La Croix traz os fatos mais marcantes dos primeiros seis meses de mandato de Hollande e destaca os problemas enfrentados pelo presidente como o racha dentro do Partido Socialista sobre textos defendidos pelo governo, uma popularidade em queda livre e até sua delicada relação com a chanceler Angela Merkel, que critica a política econômica da França.

Aujourd'hui en France afirma que o presidente Hollande terá que se explicar ainda sobre promessas de campanha não cumpridas como o direito de voto aos estrangeiros em eleições locais, um assunto que parece esquecido, segundo o jornal.

Para o Libération, chegou ao fim o período de teste para o presidente Hollande. Ele sabe que a coletiva de imprensa não servirá para reverter sua popularidade em queda e por isso ele vai insistir que a ação de seu governo deverá ser avaliada no longo prazo.

O L'Humanité afirma que François Hollande estará diante de um exercício delicado: reconquistar a opinião pública esperando que os franceses esqueçam suas promessas ainda não cumpridas.