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Síria

Abbas e Hamas condenam bombardeio contra campo de refugiados palestinos

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas e o movimento Hamas, que detém o poder em Gaza, condenaram o bombardeio do campo palestino de Yarmuk (sul de Damasco) pelas forças de Bashar Al-Assad. "Conclamamos todas as partes envolvidas no conflito sírio a poupar os palestinos e seus campos na Síria", declarou Abbas, em um comunicado divulgado pela agência oficial palestina Wafa.

Em Damasco, homem caminha diante de prédio destruído pela Força Aérea de Bashar al-Assad (Foto de novembro de 2012)
Em Damasco, homem caminha diante de prédio destruído pela Força Aérea de Bashar al-Assad (Foto de novembro de 2012) REUTERS/Kenan Al-Derani
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Ele pediu também que os bombardeios cessem imediatamente e apelou à comunidade internacional para que se tomem medidas de proteção dos palestinos, já que eles não estão envolvidos na guerra. O Hamas, por sua vez, chamou de "crime" o ataque aéreo ao campo de Yarmuk, que deixou "vários mártires e feridos, aterrorizou populações inocentes e desabrigou muitos habitantes do campo".

Desde que começaram os conflitos, há 21 meses, esta é a primeira vez que a Força Aérea Síria bombardeia o campo de refugiados palestinos em Damasco, inaugurando uma nova etapa na caça aos rebeldes na capital. De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, ao menos oito civis foram mortos na operação que tinha como alvo uma mesquita, onde estariam escondidos cerca de 600 desabrigados.

Antes de ser envolvido no conflito, nos últimos meses, o campo de Yarmuk abrigava 150 mil refugiados. De acordo com a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinos, cerca de 520 mil palestinos vivem na Síria; 400 mil na região metropolitana de Damasco. Mas esta população não tomou uniformemente um partido no conflito - há palestinos que se alinharam aos rebeldes e outros às forças pró-regime.

Embora Bashar al-Assad tenha sido um aliado tradicional do Hamas, fornecendo ao movimento diversas vantagens na Síria, os ataques do governo a campos de refugiados palestinos fizeram o grupo apoiar os rebeldes. A ruptura definitiva aconteceu quando o exército atacou o chefe do Hamas no exílio, Khaled Mechaal. Damasco o acusou de ingratidão e de ter "vendido a resistência em nome do poder". Isso porque ele havia apoiado a "revolução do povo sírio" em um congresso na Turquia. Desde então, há membros do Hamas entre os rebeldes sírios.
 

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