Imprensa está pessimista com as perspectivas econômicas para 2013

Os jornais de hoje destacam em manchete as perspectivas econômicas para 2013 na França.

O diário econômico Les Echos traça dois cenários possíveis. Se por um lado o presidente François Hollande faz questão de afirmar seu otimismo, certos economistas antecipam, pelo contrário, uma recessão moderada e duradoura na França nos próximos meses.

Enquanto o governo trabalha com uma previsão de crescimento de 0,8% em 2013, vários economistas preveem uma magra atividade econômica de 0,1% e mesmo uma retração de 0,4% a 0,5%, de acordo com os mais pessimistas. Isso porque o crédito de impostos concedido pelo governo às empresas não será suficiente para manter os investimentos, que devem diminuir.

Les Echos diz que o presidente François Hollande promete, de sua parte, lançar uma estratégia de investimentos públicos e privados até 2020. "O Executivo e a maioria socialista na Assembleia ainda não se deram conta do desafio histórico diante do qual se encontram", afirma o editorial de Nicolas Barré. "Há urgência em adotar reformas estruturais para diminuir as despesas estatais e o déficit comercial abissal do país, caso contrário a França poderá perder seu status de país soberano na União Europeia", adverte o texto.

Le Figaro compara as mensagens de Ano Novo de Hollande e da alemã Angela Merkel. Enquanto a dirigente da maior economia da Europa alertou seus cidadãos que 2013 será um ano difícil, Hollande fez promessas otimistas aos franceses.

Libération prefere adotar um tom otimista. Tudo vai dar certo em 2013, escreve o jornal progressista em manchete. Porém, em página interna o Libération revela que o ano pode ter uma trajetória "errática". Os motivos: será necessário fazer uma nova reforma das aposentadorias na França, a centésima edição da Volta da França se aproxima com a imagem arruinada pelo doping dos ciclistas, e o Irã pode conduzir o Oriente Médio e o resto do mundo a uma situação imprevisível.