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Imprensa

Governo francês deve esclarecer várias questões sobre intervenção militar no Mali

Porquê, como e por quanto tempo vai durar a intervenção militar francesa no Mali ? São algumas das questões estampadas nas manchetes da imprensa francesa desta terça-feira, quinto dia de uma operação de guerra contra os fundamentalistas islâmicos que dominaram o norte do país africano.

Capa dos jornais franceses desta terça-feira, (15)
Capa dos jornais franceses desta terça-feira, (15) montage RFI
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Segundo o jornal Libération, a França está sozinha no "front" da guerra. Mas ainda há muitas dúvidas sobre a extensão e os objetivos desta intervenção militar contra os islamitas do norte do Mali. Em editorial, o Libé afirma que a França mobiliza meios excepcionais para atuar na sua ex-colônia e deve conseguir em questão de alguns dias, limitar ou mesmo desorganizar a propagação do que chama de "tumor terrorista".

Não é pouco, diz o jornal e será o máximo que poderá fazer como uma potência estrangeira mas o governo deve ainda esclarecer também como e quem vai depois gerenciar a situação do Mali após a intervenção.
O Les Echos escreve que a operação militar francesa é bem acolhida pela comunidade internacional mas, por outro lado, revela a inconsistência política de defesa europeia.

Segundo o jornal, não faltaram palavras de apoio à intervenção mas a França espera mais, já que tem planos de enviar 2.500 homens ao Mali. A Alemanha já disse que não quer intervir em operações terrestres, lembra o Les Echos. Por enquanto, os europeus se limitam a acelerar a missão de formação de tropas malinesas.

Em sua edição de hoje, o católico La Croix afirma que o presidente francês François Hollande decidiu entrar em guerra contra a sua vontade. A decisão de intervir no Mali foi tomada em 24 horas, segundo entrevista concedida pelo chanceler francês Laurent Fabius. Ao decidir pela ação militar, o presidente Hollande se transformou num chefe de guerra, uma mudança não apenas no seu estilo mas também na política externa da França.

O jornal lembra uma declaração de Hollande, em novembro passado, quando o presidente afirmou que o país não iria intervir no Mali, apenas oferecer ajuda logística. Mas a demora nos planos de mobilizar as forças africanas e a expansão rápida dos islamitas no norte do Mali fizeram o presidente francês mudar de ideia.

Casamento gay

Como dar sequência ao sucesso da mobilização de domingo contra o projeto sobre o casamento gay na França? Como manter viva a expectativa dos milhares de franceses que desfilaram nas ruas de Paris ? Essas são algumas das preocupações dos organizadores da manifestação, segundo o Le Figaro.

O jornal conservador diz que os responsáveis pela mobilização contra o casamento e adoção de crianças por casais formados por pessoas do mesmo sexo não querem abaixar os braços e estão motivados para continuar a batalha e no início da próxima semana podem anunciar novas ações para pressionar o governo apesar do anúncio de que o projeto será levado adiante.
 

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