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Chipre/crise

Centenas de empregados de bancos protestam no Chipre

Centenas de empregados de bancos cipriotas se manifestaram neste sábado na capital Nicósia contra uso de pensões para resgate bancário e ameaçaram entrar em greve caso as autoridades do país, engajadas em um corrida contra o relógio para salvar a ilha da falência, não garantam o seu futuro. O protesto foi organizado pela União Cipriota de Empregados de Bancos que deve organizar um novo evento neste domingo.

Centenas de empregados de bancos cipriotas protestaram neste sábado em Nicósia e ameaçaram entrar em greve.
Centenas de empregados de bancos cipriotas protestaram neste sábado em Nicósia e ameaçaram entrar em greve. REUTERS/Yannis Behrakis
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"Se vocês não protegerem nossos fundos de pensão, nós entraremos em greve a partir de terça-feira", ameaçou o presidente da organização, Loizos Hadgicostis. "Nós voltaremos a nos manifestar amanhã, diante do Parlamento e desta vez não seremos apenas nós, empregados de bancos, mas todos os cipriotas", completou.

"O que a troika [União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional] fez é horrível. É um complô, não somente para pegar nosso dinheiro, mas também nossos empregos. Nós somos contra este plano de reestruturação dos bancos", declarou Andreas, um participante de manifestação.

O governo cipriota deverá levantar sete bilhões de euros até segunda-feira, mais de um terço de seu PIB anual, a fim de desbloquear a ajuda internacional e garantir, da parte do Banco Central Europeu, a manutenção da linha de liquidez emergencial aos bancos cipriotas.

Em sessão extraordinária na sexta-feira à noite, o parlamento cipriota votou um conjunto de oito leis relativas ao plano de resgate a fim de evitar o colapso financeiro do país e garantir ajuda internacional. Amanhã, os ministros das Finaças da zona do euro se reúnem em Bruxelas para discutir o pacote.

Vários responsáveis próximos das negociações indicaram que o plano de reestruturação que concerne o Banco do Chipre e o Banco Popular (Banco Laiki, em grego) "devem desaparecer". Um novo banco deve ser criado com os ativos destes dois, segundo informou esta fonte.

O Laiki emprega mais de 8 mil pessoas, o que representa 1% da população do país que tem 840 mil habitantes, o que ilustra a desproporção do setor bancário na economia do Chipre que a União Europeia denuncia.
 

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