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Atentados em Boston trazem o terror de volta aos Estados Unidos

As explosões de duas bombas na maratona de Boston, que fazem os Estados Unidos voltarem a conviver com a ameaça terrorista, e as previsões contraditórias para a economia francesa são os destaques da imprensa desta quarta-feira, 17 de abril.

Homenagem às vítimas do atentado da maratona de Boston, 16 de abril de 2013.
Homenagem às vítimas do atentado da maratona de Boston, 16 de abril de 2013. REUTERS/Adrees Latif
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A volta do terror. Assim o Libération resume em sua manchete o sentimento dos americanos após a tragédia da maratona de Boston. Os primeiros atentados da era Obama fizeram os Estados Unidos lembrar de uma ameaça que parecia descartada, diz o jornal.

Em editorial, o Libé afirma que os terroristas não apenas festejam suas vitórias pelo número de vítimas. Não se comparam os mortos de Boston com os do World Trade Center de Nova York, ou ainda os ataques contra Londres ou Madri. Os terroristas comemoram também o fato de restringir a liberdade das pessoas. Foi o caso em Boston. A escolha de um evento popular, com muitos jornalistas e câmeras de tevê, e no dia em que os americanos celebram o patriotismo, não foi por acaso. A luta contra os inimigos da democracia deve ser implácavel, mas dentro da lei, escreve o jornal. A referência do Libération foi sobre o relatório da prisão de Guantânamo em que ficou comprovado que os Estados Unidos praticaram tortura contra os prisioneiros durante as investigações sobre o terrorismo islâmico.

O La Croix afirma que os Estados Unidos revivem a angústia do terrorismo. Como os ataques não foram reivindicados, o jornal católico informa que duas pistas estão sendo privilegiadas: a primeira é a do terrorismo interno. Especialistas ouvidos pelo La Croix explicam que a maratona coincide com a comemoração das primeiras batalhas pela independência americana que começaram na região de Boston. Grupos teriam aproveitado a data para protestar contra o governo federal. A maratona também tem um aspecto multicultural importante, afirma La Croix. A segunda hipótese é a do terrorismo islâmico. No caso, a maratona teria sido escolhida pelo seu efeito mediático. A profusão de imagens cria confusão e segundo o jornal católico, as democracias estão mal preparadas diante das estratégias dos grupos extremistas.

A França deve apresentar hoje suas previsões de crescimento mas já os números são contestados antes mesmo da divulgação.

O jornal Les Echos dedica sua manchete ao cenário econômico da França que é visto de maneira diferente pelo governo e pelas instituições. O diário econômico lembra que ontem o FMI anunciou que a França vai ter um recuo de 0,1% do PIB este ano e um crescimento de 0,9% no ano que vem. Já o governo Hollande prevê um crescimento fraco, de 0,1% em 2013 e 1,2% em 2014.
Les Echos destacou ainda na sua capa as explicações do FMI que justifica a queda no PIB por um conjunto de fatores: o aperto no orçamento, a má performance das exportações do país e a falta de confiança dos consumidores e empresas.

Le Figaro traz com mais destaque o relatório do Alto Conselho de finanças públicas que considera as previsões de crescimento do governo otimistas demais.
Dirigida por um socialista, a instituição tem uma percepção contrária e acha que a França vai terminar o ano em recessão. Os especialistas, aponta o Le Figaro, temem que o aumento dos impostos vá comprometer o consumo dos franceses e, a médio prazo, o crescimento do país.
 

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