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Oriente Médio/Paz

John Kerry falha na retomada do processo de paz entre palestinos e israelenses

O secretário de Estado americano, John Kerry, deixa a Jordânia nesta sexta-feira, dia 19 de julho, levando na mala mais um fracasso na retomada das negociações do processo de paz entre israelenses e palestinos. Ao que tudo indica, o processo de paz no Oriente Médio continuará congelado por mais algum tempo.

O secretário de Estado americano, John Kerry, em visita a um campo de refugiados sírios na Jordânia, nesta quinta-feira, dia 18 de julho.
O secretário de Estado americano, John Kerry, em visita a um campo de refugiados sírios na Jordânia, nesta quinta-feira, dia 18 de julho. REUTERS/Mandel Ngan
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Daniela Kresch, correspondente da RFI em Tel Aviv

Após meses de tentativas e seis rodadas de encontros com a liderança palestina e israelense, havia indícios de que o secretário de Estado americano, John Kerry, tinha conseguido finalmente convencer os dois lados a voltarem à mesa de negociações.

O presidente palestino Mahmoud Abbas ainda não conseguiu o apoio de seu partido para retomar o diálogo com Israel, mesmo depois de ter recebido promessas de Kerry de que as pré-condições exigidas por ele seriam cumpridas pelos israelenses.

Nesta quinta-feira, Abbas convocou uma reunião de emergência do Comitê Executivo da Organização para Libertação da Palestina (OLP), órgão que controla o partido Fatah, para pedir apoio a volta das negociações.
Mas, após discussões acaloradas, Abbas conseguiu somente que a OLP se comprometesse a criar uma Comissão Especial para estudar a proposta.

Nesta sexta-feira, John Kerry deve se encontrar com o líder desta comissão, o negociador Saeb Erekat.
Um membro da OLP alegou que os palestinos estão céticos quanto ao cumprimento das pre-condições, que incluem negociações quanto à criação de um Estado palestino com base nas fronteiras pré-Guerra dos Seis Dias, em 1967, alem de libertação de presos e congelamento da construção em colônias na Cisjordânia.

A OLP exige que essas promessas sejam feitas por escrito, depois que o escritório do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu negou que o premie tivesse aceitado as pré-condições.
Netanyahu, por sua vez, acredita que os palestinos não estão realmente interessados na volta das negociações.

O que resta saber agora é como Washington vai reagir se o impasse se mantiver, se vai continuar tentando um cachimbo da paz ou se vai desistir dessa missão que parece impossível.
 

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