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EUA/Armas químicas

EUA dizem não poder confirmar o uso de armas químicas na Síria

Sob pressão de países ocidentais para agir na Síria, o presidente americano Barack Obama declarou, por meio de uma porta-voz, nesta quinta-feira, dia 22 de agosto, que os Estados Unidos não podem determinar se armas químicas foram utilizadas pelo regime sírio nos ataques de quarta-feira. O chefe de Estado fez um pedido para que os especialistas americanos investiguem o suposto uso de gás tóxico pelas forças sírias nas ofensivas.

Moradores se desesperam após os ataques das forças do regime sírio no bairro de Duma, na periferia de Damasco, nesta quinta-feira, dia 22 de agosto.
Moradores se desesperam após os ataques das forças do regime sírio no bairro de Duma, na periferia de Damasco, nesta quinta-feira, dia 22 de agosto. REUTERS/Bassam Khabieh
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“Neste momento, nós somos incapazes de determinar de maneira definitiva se armas químicas foram utilizadas”, declarou a porta-voz do departamento de Estado, Jennifer Psaki. “O presidente ordenou aos serviços de investigação de recolher o mais rápido possível informações suplementares”, completou.

Psaki lembrou que os Estados Unidos não têm oficialmente equipes na Síria, mas vão reunir informações com testemunhas no local, através de relatos públicos e analisando dados científicos. Segundo a porta-voz, o país irá compartilhar os resultados com outros países posteriormente.

A funcionária do departamento de Estado ressaltou que o governo de Bashar al-Assad ultrapassou seus limites há muito tempo. Segundo ela, se Washington concluir que gás tóxico está sendo utilizado, será uma escalada flagrante e escandalosa das violências.

Potências ocidentais exigem que a Síria dê acesso aos peritos em armas químicas da ONU às regiões atingidas ontem por ataques que teriam utilizado gás neurotóxico. De acordo com os rebeldes, 1.300 pessoas morreram nos bombardeios de quarta.

A ONU pediu formalmente hoje, através do secretário geral Ban Ki-Moon, que o governo sírio autorize os especialistas a estudarem a suposta utilização de armas químicas nas ofensivas. Ban Ki-Moon também decidiu enviar a Damasco a alta representante das Nações Unidas pelo desarmamento, Angela Kane.

Intervenção armada

O chanceler francês Laurent Fabius, defendeu nesta quinta-feira uma intervenção armada na Síria. Para ele, não há dúvidas sobre a necessidade do envio de tropas internacionais ao país. Já Alemanha e Reino Unido pediram prioridade na verificação dos fatos.

A Rússia, maior aliada do presidente sírio Bashar Al-Assad declarou, através de comunicado, que Damasco e a ONU encontrem um acordo para que as investigações sejam realizadas.

As forças do regime atacaram hoje, novamente, as áreas massacradas ontem, na periferia da capital síria. O governo intensifica as ofensivas na região para tentar retomar o controle das áreas conquistadas pelos rebeldes.

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