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Síria

Manobra de Putin oferece a Obama e Hollande ocasião de salvar a face

O conflito na Síria continua sendo o principal assunto dos jornais franceses de quarta-feira, 11 de setembro de 2013. A imprensa estima que a proposta franco-americana de ataque aéreo contra alvos do regime de Bashar al-Assad na Síria perdeu fôlego com a proposta da Rússia, aceita por Damasco, de colocar o arsenal químico sírio sob controle internacional.

O presidente francês, François Hollande, que defende uma ação militar na Síria, conversa com o presidente russo, Vladimir Putin, aliado do regime de Bashar al-Assad, durante cúpula do G20 em São Petersburgo.
O presidente francês, François Hollande, que defende uma ação militar na Síria, conversa com o presidente russo, Vladimir Putin, aliado do regime de Bashar al-Assad, durante cúpula do G20 em São Petersburgo. Reuters
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Para o diário conservador Le Figaro, se uma solução diplomática for encontrada, será melhor para todos. O fato de Barack Obama e François Hollande recuarem, em consequência da habilidade política de Vladimir Putin, não é um problema em si, na opinião do jornal.

O Le Figaro afirma ainda que o mérito da proposta russa não é tanto o resultado esperado dela - colocar o arsenal químico de Assad sob controle, o que pode levar vários meses -, mas o resultado imediato obtido:a contagem regressiva de uma operação militar foi suspensa.

O Libération coloca em primeira página a imagem de Vladimir Putin e Bashar al-Assad sorridentes e dando um aperto de mãos. Uma ironia. Eles são os vencedores da batalha de comunicação travada nas últimas semanas. O jornal progressista considera que França e Estados Unidos fizeram muito bem de depositar, ontem, na ONU, um texto de resolução impondo a localização e o desmantelamento do arsenal químico sírio. 

Na opinião do Libération, França e Estados Unidos têm razão de aproveitar a ocasião oferecida por Putin para salvar a face. É pena que esses cálculos táticos não mudarão em nada a situação da Síria, onde um ditador matou 100 mil pessoas nos últimos dois anos, e continua totalmente impune, afirma o editorial do Libération.

O diário comunista L'Humanité destaca em primeira página o 40° aniversário do golpe de Estado que destituiu o ex-presidente chileno Salvador Allende. "Há 40 anos, Pinochet assassinava a esperança no Chile", escreve o diário, acrescentando que apesar da ditadura sangrenta que os chilenos enfrentaram, a resistência nunca arrefeceu.   

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