Acesso ao principal conteúdo
Grécia/greve

Professores da rede pública iniciam greve na Grécia

Os professores do ensino fundamental e secundário na Grécia iniciaram hoje uma greve. A mobilização faz parte de uma série de paralisações do funcionalismo público previstas para esta semana.

Professores gregos fazem greve durante 5 dias para protestar contra as reformas do Ministério da Educação
Professores gregos fazem greve durante 5 dias para protestar contra as reformas do Ministério da Educação REUTERS/Yorgos Karahalis
Publicidade

O funcionalismo público prepara essa greve como resposta à chegada imininente de representantes da troika ao país. Na manhã dessa segunda-feira, 7 mil pessoas, segundo a polícia, foram protestar diante dos ministérios e de prédios do governo. Para conter os manifestantes, a polícia usou gás lacrimogêneo.

O sindicato dos professores do ensino secundário, o OLME, disse que a greve pode continuar até a próxima semana. Já o governo prefere apostar em uma duração mais curta. "Parece lógico que a participação seja mais importante nos primeiros dias, mas não acreditamos que seja uma mobilização durável", declarou o Ministério da Educação que não quis divulgar dados oficiais sobre a adesão ao movimento.

Entre os manifestantes, os cartazes pediam: "Não às demissões e às transferências obrigatórias". Os professores também pedem o fim dos programas de reestruturação do funcionalismo público que são parte do acordo com os credores internacionais. Desde julho, milhares de professores foram postos em disponibilidade. Os funcionários públicos nessa situação recebem 75% do salário enquanto aguardam uma proposta de recolocação profissional em outro cargo.

Até o final do ano, 25 mil funcionários públicos serão atingidos pela medida. Hoje, são 12.500. O vice-ministro da Educação, Simeon Kezikoglou, acusou ontem os sindicatos de travarem uma batalha política com o governo e de colocarem os estudantes como reféns. O Syriza, partido de esquerda, aparece na frente das pesquisas de opinião e analistas apontam que, possivelmente, a Grécia poderá ter eleições legislativas antecipadas.

Nesta terça-feira e na quarta-feira, outras categorias do funcionalismo público como médicos e funcionários dos serviços de auxílio-desemprego também devem cruzar os braços. Professores da rede privada, em solidariedade aos colegas do ensino público, também não trabalham hoje e manhã.

O grupo que representa os credores internacionais do Fundo Monetáio Internacional, do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia deve chegar ao país nos próximos dias para avaliar o cumprimento das condições que perlitiram que a Grécia recebesse ajuda internacional.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.