Policiais femininas são alvo de terroristas no Afeganistão
A responsável da polícia afegã que foi atacada no último domingo no sul do país morreu ontem. A informação foi confirmada pelas autoridades do país. O crime evidencia a fragilidade da situação das mulheres no Afeganistão.
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A última vítima da violência dos terroristas afegãos chamava-se Nigar, tinha 38 anos e dois filhos. Ela era a policial de mais alta patente da corporação afegã em Helmand, uma região instável no sul do Afeganistão.
O funeral da policial foi realizado na segunda-feira. Até o momento, nenhum grupo reivindicou o ataque. No domingo, dois homens a bordo de uma moto dispararam contra a policial que foi gravemente ferida no pescoço.
Há alguns meses, a policial recebia ameaças de morte. A região é conservadora e, desde a queda do regime talibã em 2001, a situação das mulheres não evoluiu nessa província. Em seu perfil no twitter, Zahra Sepehr, uma militante dos direitos da mulheres no país escreveu: “Esse assassinato mostra que o Estado não protege as mulheres”.
Seja nas forças armadas ou em organismos do governo, a presença das mulheres é considerada como um alvo pelos terroristas. No dia 10 de agosto, a deputada Fariba Ahmadi Kakar foi sequestrada por talibãs quando estava na estrada que liga Kabul a Kandahar, no sul do país. Atualmente, do efetivo de 157 mil policiais e agentes da função pública, apenas 2.200 são mulheres.
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