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Copa do Mundo/Catar

Fifa está « preocupada » com acusações de escravidão no Catar

O jornal The Guardian publicou nesta quinta-feira um artigo no qual denuncia que, ao menos, 44 operários nepaleses que trabalhavam em obras no Catar, país que sediará a Copa do Mundo de 2022, morreram após serem submetidos a condições similares às da escravidão.

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Por meio de um porta-voz, a Fifa admitiu estar  "preocupada" com as suspeitas de exploração da mão-de-obra estrangeira no Catar. Segundo a entidade, o assunto fará parte das discussões do comitê executivo. "A Fifa vai entrar em contato novamente com as autoridades do Catar", prometeu a Fifa que, enfatizou, que os operários não atuavam em obras dos estádios que serão construídos para a Copa.

Mas, segundo os sindicatos, a situação dos canteiros de obras para a Copa não será diferente. De acordo com o jornal britânico, com o ritmo atual das obras, ao menos 4 mil operários podem morrer antes mesmo do começo do Mundial no Catar.  "Sem as mudanças necessárias, mais operários vão morrer para construírem as infraestruturas da Copa que jogadores de futebol em campo no Mundial”, Sharan Burrow, secretário-geral da ITUC (Confederação internacional dos sindicatos).

Conforme os documentos da embaixada do Nepal em Doha, os 44 operários morreram de problemas cardíacos. Testemunhas relataram ao jornal The Guardian que os nepaleses trabalham em “condições análogas à da escravidão moderna”. Os homens, na maioria jovens, vivem em quartos insalubres, tiveram os passaportes retidos pelos empregadores e passavam meses sem receber salário.

 

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