Vitória da extrema-direita em eleição local na França é recado para os partidos tradicionais
A vitória de um candidato da extrema-direita no primeiro-turno da eleição de um cantão no sul da França e o aumento do imposto sobre as empresas são os temas que ganharam as manchetes dos jornais franceses desta terça-feira, 8 de outubro.
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A extrema-direita espalhou o pânico na esquerda francesa, escreve em sua manchete o Le Figaro. Mais uma vez os socialistas foram eliminados no primeiro-turno escreve o diário conservador ao informar que o segundo turno vai opor um candidato da extrema-direita, que chegou bem à frente de seu adversário do UMP.
Ao liderar essa corrida a Frente Nacional provoca novo terremoto na maioria socialista e preocupa o partido conservador do ex-presidente Nicolas Sarkozy. Os socialistas orientaram seus eleitores a tomar uma "postura republicana" e votar no candidato do UMP. Este resultado vai relançar no partido do presidente Hollande a discussão de uma maior flexibilidade na atual política econômica, observa o Le Figaro.
Les Echos informa em sua manchete que o imposto cobrado das empresas na França vai atingir um nível recorde. O governo vai propor uma emenda no projeto de orçamento do ano que vem para suprimir uma taxa sobre o resultado operacional bruto, que deverá recolher 2 bilhões e meio de euros.
Em compensação, o governo vai aumentar de 5 para 11% a cobrança de uma taxa para as empresas que tiveram faturamento acima de 250 milhões de euros. Essa decisão vai promover um crescimento de 4 pontos durante dois anos e depois, informa o diário econômico, o governo pretende reduzir o imposto sobre as empresas, o chamado IS para 30%, como na média europeia.
O L'Humanité dedica um caderno especial para avaliar as principais propostas da reforma das aposentadorias na França que começa a ser discutida pelo parlamento no país. E, de acordo com o jornal comunista, a lei é injusta e uma das propostas mais nocivas é a de que aumenta o tempo de contribuição para ter o benefício integral.
Nos cálculos do jornal comunista, dificilmente um trabalhador da geração que nasceu a partir dos anos 70 poderá desfrutar de uma aposentadoria plena antes dos 67 anos de idade.
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