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República Centro-Africana

Tropas francesas começam operação na República Centro-Africana

Depois do sinal verde emitido ontem pela Organização das Nações Unidas (ONU), as tropas francesas começaram nesta sexta-feira, dia 6 de dezembro, a operação de pacificação em Bangui, capital da República Centro Africana. O ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, anunciou que a primeira etapa da missão do exército é a mobilização de patrulhas na capital.

Soldados franceses patrulham região de combates  em Bangui, na República Centro-Africana, em foto desta quinta-feira, 5 de dezembro de 2013.
Soldados franceses patrulham região de combates em Bangui, na República Centro-Africana, em foto desta quinta-feira, 5 de dezembro de 2013. REUTERS/Emmanuel Braun
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Segundo a diplomacia francesa, 650 soldados já se deslocaram para o país. Aeronaves militares devem chegar à capital nesta tarde. No total, cerca de 1.200 soldados devem participar da operação que tem o objetivo de garantir a segurança no país.

Nas ruas da capital Bangui, o uso de veículos civis está proibido desde ontem. Apesar do toque de recolher ter terminado às 6h da manhã do local, poucos civis saíram de suas casas e a maioria dos comércios está fechada. Patrulhas blindadas circulam nas principais avenidas, junto aos integrantes das Forças Africanas, a Misca.

Milícias

Desde o golpe de Estado que derrubou o presidente François Bozizé em março deste ano, milícias se alastram pelo país. França e Estados Unidos chegaram a declarar que a República Centro-Africana está à beira de uma situação de genocídio. Calcula-se que 10% da população de 4,6 milhões tenha sido obrigada a fugir de suas casas por causa da violência.

Ontem, novos confrontos deixaram pelo menos 100 mortos, segundo estimativas do governo. De acordo com a organização não-governamentral Médicos Sem Fronteiras (MSF), o combates mais graves de ontem aconteceram no norte de Bangui. “Grupos armados lançaram uma ofensiva na cidade. Ex-integrantes da milícia Seleka revidaram”, contou um porta-voz da MSF.

Cúpula para a Segurança e Paz na África

A situação na República Centro Africana deve ser um dos principais assuntos da Cúpula para a Segurança e a Paz na África que acontece nesta sexta e sábado no palácio do Eliseu em Paris.

Muitos chefes de Estado africanos já se manifestaram a favor da intervenção armada francesa em Bangui. Entre eles, está o presidente do Mali, Boubacar Keita, que diz enxergar um “dever histórico” da França de atuar no conflito de sua ex-colônia.

O presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara também defende a ideia, que é uma das propostas da cúpula. “Todos os países que desfrutam da riqueza da África também devem contribuir para a segurança”, acredita. O chefe de Estado faz uma crítica a potências como os Estados Unidos e a emergentes, como China e Brasil, que não estão engajados na defesa e segurança no continente africano. “Esses países não se arriscam como a França”, completa.

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