Irã e União Europeia encerram discussões em Genebra com acordo

Nesta sexta-feira (10), em Genebra, os negociadores iranianos e os representantes do bloco europeu anunciaram ter encontrado um denominador comum sobre pontos que ainda estavam em suspenso no acordo fechado em novembro entre Teerã e as grandes potências ocidentais, em torno do programa nuclear iraniano. Os resultados serão submetidos aos respectivos países. A União Europeia representou os ocidentais na negociação.  

O vice-ministro iraniano das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, representou seu país nesta nova rodada de negociações em Genebra.

"Todas as questões políticas e técnicas que estavam em suspenso foram resolvidas, mas a decisão final virá das capitais de cada país envolvido", declarou o vice-ministro iraniano das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, depois de dois dias de debates com a representante europeia Helga Schmid. Helga é adjunta de Catherine Ashton, a Alta Representante da União Europeia para a política exterior, que supervisiona as negociações em nome do "Grupo dos 5 + 1", formado por Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido, mais a Alemanha.

Um encontro bilateral entre a delegação iraniana e a representante norte-americana,Wendy Sherman, também tentou avançar o diálogo em Genebra.

As negociações desta semana tentaram finalizar os termos para a aplicação do acordo interino sobre o programa nuclear iraniano, fechado em 24 de novembro do ano passado. O acordo prevê um limite de enriquecimento de urânio durante seis meses, período em que o país não será alvo de novas sanções. A comunidade internacional suspeita que o Irã enriqueça urânio com o objetivo de construir uma bomba atômica.

Ainda restam algumas questões em suspenso, que dependem de decisões políticas, segundo os participantes dos debates.

Esforços

Antes desta última reunião, duas séries de negociações aconteceram entre as partes. A primeira foi em Viena, na Áustria, e a segunda, em Genebra, em dezembro passado. Nesses encontros foi decidida uma data, 20 de janeiro de 2014, para o começo da aplicação do acordo. Um passo importante depois de mais de dez anos de tensão.