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Liberdade de Imprensa

Ong francesa pede justiça pela morte de 2 jornalistas brasileiros

A ong francesa Repórteres Sem Fronteiras (RSF) publicou um comunicado nesta terça-feira (18) denunciando o assassinato de dois jornalistas brasileiros, nos últimos 4 dias. A organização faz um apelo para que as autoridades brasileiras identifiquem e punam os autores dos homicídios. Pedro Palma e José Lacerda da Silva foram mortos a tiros na última semana.

Fotomontagem dos jornalistas assassinados na última semana, José Lacerda da Silva (E) e Pedro Palma.
Fotomontagem dos jornalistas assassinados na última semana, José Lacerda da Silva (E) e Pedro Palma. Reprodução
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O diretor do jornal Panorama Regional, Pedro Palma, 47 anos, foi assassinado por dois homens em uma moto na porta de sua casa, em Miguel Pereira, no Rio de Janeiro, na última quinta-feira (13). Distribuído na periferia da capital carioca, o semanário que ele dirigia se dedicava em investigar casos de corrupção das prefeituras da região.

Já o cinegrafista José Lacerda da Silva, do programa TCM, da TV Cabo Mossoró, do Rio Grande do Norte, foi morto no último domingo (16), quando estava a caminho de um supermercado. Os disparos teriam sido feitos por dois homens dentro de um carro, mas a polícia ainda não tem pistas sobre as motivações ou suspeitos do crime.

RSF denuncia impunidade

No comunicado, a RSF pede que as autoridades brasileiras identifiquem e julguem os autores desses homicídios. A organização ressalta que os assassinatos mostram a insegurança que os profissionais do jornalismo enfrentam no Brasil.

“Cinco jornalistas foram mortos no exercício de suas funções em 2013, nenhum desses crimes foi até o momento elucidado”, lembrou a responsável pela seção Américas da RSF, Camille Soulier. Para ela, a impunidade “persistente” dos ataques contra jornalistas no Brasil classifica o país como um dos piores do continente americano para os profissionais. O Brasil ocupa a 111ª posição na Classificação Mundial 2014 da liberdade de imprensa.

Santiago Andrade

O Ministério Público do Rio de Janeiro apresentou uma denúncia na segunda-feira (17) contra os dois suspeitos de acender o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade no dia 6 de fevereiro. Fábio Raposo e Caio Silva de Souza podem responder por homicídio triplamente qualificado, ou seja, homicídio cometido por motivo torpe, sem dar chance de defesa à vítima e com emprego de explosivo.

Eles também poderão responder por crime de explosão. Se condenados, Caio e Fábio podem receber pena de até 30 anos de prisão cada um.

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