Renzi inicia negociações para formar novo governo italiano, mas já enfrenta dificuldades
Encarregado de formar um governo na Itália, o chefe do Partido Democrático (PD), Matteo Renzi, realiza nesta terça-feira (18) uma série de reuniões. O objetivo é formar uma maioria estável e capaz de sustentar a série de reformas rápidas e ambiciosas que ele prometeu, e que devem ser colocadas em prática antes do mês de maio.
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Gina Marques, correspondente da RFI em Roma
Para reformar o governo italiano, Matteo Renzi propõe um novo estilo de governar: enérgico, rápido e determinado. A começar pela lei eleitoral que promete mudar até o fim de fevereiro. Trata-se de uma prioridade para evitar um novo impasse nas urnas, como aconteceu há um ano atrás nas últimas eleições.
Depois de ter sido encarregado na segunda-feira (17) pelo presidente Giorgio Napolitano para o cargo de primeiro-ministro e formar um novo governo, Renzi declarou que pretende governar até o fim do seu mandato em 2018. Com a energia de um jovem de 39 anos, ele prometeu também realizar uma reforma por mês.
Reduzir o desemprego, os impostos e a burocracia: estes são os pontos básicos do seu programa de governo. Apesar da sua determinação, Renzi deve superar diversos obstáculos para formar a sua equipe. O Partido Democrático (PD), do qual é secretário, não tem maioria suficiente no senado para poder aprovar as reformas necessárias. Assim, ele terá que negociar com o partido Novo Centro Direita (NCD), um pequeno partido que reúne os dissidentes da direita de Silvio Berlusconi e que fazia parte do governo anterior.
Além disso, Renzi também tem encontrado dificuldades para as principais pastas do governo, como a da Justiça e a de Economia. Alguns nomes que ele indicou para os cargos, não aceitaram o convite.
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