Acesso ao principal conteúdo

Ucrânia tem que diminuir dependência da Rússia

Como a Ucrânia vai conseguir se tornar menos dependente da Rússia? Essa é a pergunta que aparece nos jornais desta terça-feira. A imprensa francesa se mostra preocupada com os desdobramentos da crise política na Ucrânia e o esfriamento da relação com a Rússia.

Parlamento da Ucrânia, Kiev, 22 de fevereiro de 2014.
Parlamento da Ucrânia, Kiev, 22 de fevereiro de 2014. REUTERS
Publicidade

Atualmente, informa o jornal católico La Croix, 69% das importações energéticas da Ucrânia, especialmente gás, vêm da Rússia. O país também se ancorava em linhas de crédito de Moscou. Para o jornal, é essencial que a Ucrânia se torne menos dependente na Rússia, mas as alternativas não são tão simples. O caminho mais viável seria recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Mas essa ajuda internacional tem seu preço. O Fundo recomenda que a Ucrânia reduza seus subsídios ao preço da energia. Porém, em plena tensão social, um aumento das tarifas de energia seria extremamente impopular e arriscado.

Já do lado do governo provisório, a alternativa encontrada é realizar uma conferência internacional de doadores para ajudar o país imediatamente. Até o momento, não foi acertada uma data, mas a Ucrânia corre contra o tempo. Iuri Kolobov, ministro das Finanças, afirmou que a economia ucraniana está à beira da falência e precisa de 35 bilhões de euros, informa o jornal econômico Les Echos.

Relações com a Rússia

A Rússia simplesmente não reconhece as novas autoridades ucranianas e acha o apoio europeu a essa transição uma "aberração", resume Le Figaro. Nessa tensão entre Moscou e Kiev, é a Alemanha que terá um papel decisivo. Para o jornal, a Alemanha pretende usar toda a sua influência - inclusive econômica - para evitar que a instabilidade se instale na Ucrânia e permitir que as relações entre o país, a Rússia e a União Europeia se mantenham equilibradas.

A chanceler Angela Merkel tem conversado com presidente russo Vladimir Putin, com líderes europeus e com a oposição ucraniana. Mas a palavra de ordem da chanceler é "prudência". E, segundo o jornal conservador, ela desconfia da ex-premiê Iulia Timochenko, que tenta um retorno triunfal à cena política ucraniana após a saída confusa de Viktor Yanukovitch da presidência.

Smartphones

A guerra dos fabricantes de telefone celular no salão do setor em Barcelona é o destaque do Aujourd'hui en France. Hoje, avalia o jornal, a Apple e a Samsung lideram o mercado. A posição já pertenceu à Nokia, mas a ex-número 1 mundial não soube se adaptar às mudanças tecnológicas e foi destronada.

Em um gráfico divertido, o jornal lembra do primeiro modelo de telefone celular, o Radicom 2000, que foi lançado no começo dos anos 80. O telefone era tão pesado que tinha que ser transportado em uma maleta. Em 30 anos, a indústria deu um salto e, em Barcelona, pequenas revoluções são apresentadas. É o caso da "luva inteligente", que permite ao usuário se conectar a telefones celulares e outras máquinas, como caixas eletrônicos.

 

 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.