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Massacre/Auschwitz

Suposto enfermeiro de Auschwitz é preso na Alemanha

Um ex-enfermeiro que supostamente teria trabalhado no campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, durante a Segunda Guerra Mundial, foi detido nesta terça-feira (18), no norte da Alemanha. O homem de 93 anos está em prisão provisória e pode ser condenado mesmo se não for comprovado que ele teve participação direta em crimes nazistas.

Imagem de arquivo mostra encontro de sobreviventes do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, em 2011.
Imagem de arquivo mostra encontro de sobreviventes do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, em 2011. Reuters/Michal Lepecki
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A casa do ex-enfermeiro, nas redondezas da cidade de Neubrandenburg, foi revistada pela polícia que busca provas de que tenha trabalhado em Auschwitz. Antes de ser interrogado por um juiz, o homem passou por uma visita médica. De acordo com o Ministério Público de Schwerin, no norte da Alemanha, ele segue em detenção provisória enquanto as investigações continuam.

A justiça alemã analisa os responsáveis pelo assassinato de 1.721 pessoas que chegaram ao campo de concentração de Auschwitz em setembro de 1944 em comboios de oito localidades: Cadcy (Eslovênia), Viena, Westerbork (Holanda), Lyon, Trieste, Berlim, Stutthof (Alsácia) e Kaunas (Lituânia). Eles foram mortos em câmaras de gás por serem considerados inaptos para trabalhar.

Integrante da SS durante quatro anos, o ex-enfermeiro de 93 anos é acusado de ter participado do crime. Outras 49 pessoas também são investigadas por envolvimento no massacre. A Alemanha é responsável atualmente por 30 destes suspeitos de participação no crime.

Condenação por conivência

Durante mais de 60 anos os tribunais alemães só julgaram acusados sobre os quais havia provas diretas ou testemunhos. Mas desde a condenação do alemão de origem ucraniana, John Demjanjuk, em 2011, a justiça do país mudou de tática e passou a penalizar indivíduos que não tenham implicação direta nos crimes, mas que foram coniventes com os mesmos.

Demjanjuk foi condenado a cinco anos de prisão por participação nas mortes de 28 mil judeus no campo de concentração de Sobibor, onde ele trabalhava como segurança. Até hoje não foi provado que Demjanjuk tenha participado de forma direta nos assassinatos.

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