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Imprensa

La Croix critica 'improvisações' de Hollande na véspera do 2° turno das municipais

O segundo turno das eleições municipais de domingo na França é a principal manchete desta sexta-feira (27) na imprensa. O diário católico La Croix questiona até onde vai a onda populista que deu resultados surpreendentes ao partido de extrema-direita Frente Nacional. E responde: tradicionalmente, o segundo turno amplia as tendências que emergem das urnas na primeira etapa de votação.

François Hollande, em imagem do dia 26 de março de 2014, em Paris.
François Hollande, em imagem do dia 26 de março de 2014, em Paris. REUTERS/Patrick Kovarik/Pool
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Em seu editorial, o La Croix critica a atitude adotada pelo presidente François Hollande após o péssimo desempenho dos socialistas nas municipais. Diante da sanção nas urnas, Hollande deu sinais que pretende baixar os impostos dos contribuintes. Não se dirige um país nem se preparam eleições com medidas improvisadas, afirma o editorial do La Croix.

Redução da carga fiscal à vista

O diário econômico Les Echos mostra que Hollande não tem mais esperanças de ver bons resultados para o Partido Socialista e quer demonstrar, com uma reforma ministerial, que ouviu o recado enviado nas urnas. Hollande prepara uma reforma ministerial ambiciosa e um pacote de medidas econômicas que deve ser apresentado em breve à Comissão Europeia, informa o Les Echos. Segundo o jornal, o chefe de Estado estaria reservando de 2 a 3 bilhões de euros do orçamento para reduzir os impostos e a carga fiscal das empresas.

O problema, como assinalam os analistas, é que a reação de Hollande é tardia. Após quase dois anos de governo, os aumentos de impostos não surtiram os resultados esperados nas contas públicas e estagnaram o crescimento. O resultado dessa política é o aumento constante do desemprego e ele não vai conseguir inverter esta tendência de uma hora para outra.

Marine Le Pen dê olho na presidencial de 2017

O Le Figaro revela que a Frente Nacional já constroi sua estratégia para o período pós-eleitoral. O partido de extrema-direita elegeu no primeiro turno o prefeito de Henin Beaumont, uma cidade de 25 mil habitantes em declínio industrial no norte do país, e quer fazer da administração local um laboratório para uma ofensiva nacional mais ampla.

A líder do partido, Marine Le Pen, tem ambição presidencial e acha que pode ganhar no domingo mais cinco prefeituras importantes (Perpignan, Béziers, Fréjus, Avignon e Saint-Gilles, todas no sul do país). Le Pen quer demonstrar definitivamente que a bipolarização entre direita e esquerda acabou na política francesa, escreve o Le Figaro.

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