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Economia/Zona do euro

Alta do euro preocupa jornais a 4 dias das eleições europeias

A quatro dias das eleições europeias, os jornais franceses publicam reportagens especiais sobre o tema. Uma das grandes questões é o futuro da moeda única. Supervalorizado, o euro é acusado de dificultar a retomada das economias do continente.  

Capa dos jornais franceses Libération, Les Echos e Le Figaro desta quarta-feira, 21 de maio de 2014
Capa dos jornais franceses Libération, Les Echos e Le Figaro desta quarta-feira, 21 de maio de 2014
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 "O debate sobre o nível elevado da moeda única agita cada vez mais uma Europa afetada pela austeridade e ameaçada pela deflação", afirma Libération.

O jornal progressista lembra em seu editorial que essa é uma moeda sem Estado. "Nenhum dos governos eleitos da zona do euro, e ainda menos o Parlamento que será objeto da próxima votação, têm voz nas decisões sobre o nível do euro, as taxas de juros e a política de liquidez do BCE, o Banco Central Europeu", esclarece Libération.

A proximidade das eleições levou ao debate sobre a alta do euro, que estaria prejudicando as exportações e favorecendo a deflação. "Os mais radicais pedem a saída do euro e o retorno às moedas nacionais e soberanas", escreve o diário, alertando que é preciso ouvir essas vozes discordantes, mesmo que minoritárias. Ao mesmo tempo, afirma Libération, outros economistas e políticos querem que o BCE ou os bancos centrais americano e chinês influam na cotação do euro "para apoiar a tímida retomada na Europa".

Retomada econômica

Em sua lista de questões que preocupam os europeus pouco antes das eleições, o diário econômico Les Echos coloca o euro supervalorizado em primeiro lugar, defendendo que uma redução da cotação da moeda única é necessária para facilitar a retomada econômica do bloco.

O jornal levanta ainda outras questões que estão sendo debatidas nesta campanha eleitoral: a União Europeia se ampliou rápido demais? A França e a Alemanha ainda dirigem o bloco? Os europeus têm os meios necessários para combater o desemprego? Qual deve ser a política externa da União? E a soberania dos Estados é ameaçada pelo bloco? Evidentemente, cada movimento político tem suas próprias respostas.

Le Figaro afirma que os mercados estão preocupados com as eleições europeias e o provável sucesso dos partidos chamados "eurocéticos", que pregam a desconstrução da Europa e o abandono da moeda única. Por causa disso, os investidores preferem não esperar o resultado da votação e já estão vendendo os títulos europeus.

Carência em infraestrutura no Brasil

Le Figaro também aponta que o Brasil e a França têm uma parceria econômica muito limitada. Em um pequeno artigo sobre o Fórum Econômico França-Brasil que aconteceu nesta terça-feira (20) aqui em Paris, o jornal conservador lembra que a França é o nono parceiro comercial do Brasil, atrás da Alemanha e da Itália. Já no que diz respeito aos investimentos no país, os franceses ficam em quinto lugar.

Le Figaro afirma que as principais oportunidades estão na área de infraestrutura: "A organização da Copa do Mundo revelou à luz do dia as carências gritantes do país", escreve o diário conservador.

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