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Polêmica

Barriga de aluguel deve ser regulamentada para evitar abusos, diz Libération

O jornal progressista Libération aproveita a comoção internacional causada pelo caso do casal australiano acusado de ter abandonado uma criança para se interrogar sobre a melhor maneira de regulamentar a barriga de aluguel. O bebê, gerado por uma mãe tailandesa, nasceu com Síndrome de Down.

Capa do jornal francês Libération desta quarta-feira, 6 de agosto de 2014.
Capa do jornal francês Libération desta quarta-feira, 6 de agosto de 2014.
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Em seu editorial, Libération afirma que o caso Gammy mostra o quanto é necessário estudar a questão sob todos os seus aspectos: o direito a ter filhos, o direito das crianças e o direito das mães de aluguel.

Segundo o jornal progressista, o que se deve condenar sem hesitação é a exploração de jovens mulheres, em países como a Tailândia e a Índia, "reduzidas a alugar a própria barriga para alimentar sua família ou pagar a escola dos filhos". Ou, ainda, a irresponsabilidade de pais que veem os filhos como objetos que podem ser abandonados caso tenham algum defeito.

Mas Libération avalia que não se pode condenar uma prática que, bem regulamentada, pode ajudar casais inférteis a terem filhos sem prejudicar a saúde de outras pessoas. O diário lembra que a França proíbe a barriga de aluguel e complica a vida de seus cidadãos que tentam voltar ao país com crianças nascidas por meio dessa prática.

Gaza

Le Figaro se interroga sobre o que vai acontecer agora que finalmente Israel e o Hamas conseguiram negociar uma trégua respeitada por ambas as partes.

Em seu editorial, o jornal conservador afirma que a situação atual parece repetir todos os conflitos entre israelenses e palestinos dos últimos 40 anos."Se esses primeiros passos forem consolidados por um acordo político aliviando o bloqueio que sufoca a população de Gaza, podemos esperar que a paz armada dure alguns meses ou anos", diz Le Figaro.

O diário nota que o Hamas ganhou a guerra de imagens, devido ao grande número de civis mortos nos bombardeios israelenses. Entre os danos provocados pela guerra, segundo Le Figaro, estão o cansaço dos padrinhos americanos e europeus de Israel, a exacerbação das tensões entre comunidades religiosas em uma grande parte do mundo e o descrédito de todos os mediadores e negociações de paz.

"Para colocar um fim nesse ciclo mortífero", conclui o jornal, "seria preciso que os dirigentes israelenses parassem de preferir o custo de uma guerra intermitente ao preço de uma paz durável".

Sem glúten

O tablóide popular Aujourd'hui en France dedica sua capa a um assunto mais ameno: a onda dos regimes sem glúten. O jornal alerta contra os riscos de eliminar totalmente da dieta um tipo de alimento e afirma que, mais que uma preocupação com a saúde, o sucesso desse tipo de regime indica um "efeito de moda".

O mercado é lucrativo: estima-se que até o final do ano que vem, a venda de produtos sem glúten nos supermercados será mais que o dobro do que era no início de 2012. Um onda que veio dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha e conquista espaço na França, apesar da paixão nacional pela baguette e outros tipos de pão.
 

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