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França/Nicolas Sarkozy

Sarkozy falha em seu retorno à cena política, segundo imprensa francesa

O jornal Aujourd’hui en France deste sábado destaca o retorno mal-sucedido do ex-presidente francês Nicolas Sarkozy, que já anunciou sua intenção em disputar a presidência em 2017 pelo seu partido, a UMP, de direita. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Instituto francês Odoxa, 75% dos franceses acham que o ex-chefe de estado “não convenceu.”

Nicolas Sarkozy em campanha para assumir a presidência da UMP
Nicolas Sarkozy em campanha para assumir a presidência da UMP REUTERS/Pascal Rossignol
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“Rater”, ou “falhar” em português, foi o termo utilizado pelo Aujourd’hui en France, para descrever o retorno de Sarkozy à cena política. De acordo com o jornal, pouco mais de um mês depois da sua declaração de candidatura à presidência do UMP, de direita, Sarkozy ainda não conseguiu convencer a opinião pública que ele é a solução para a morosidade econômica da França.

A pesquisa do Instituto Odoxa mostra que 77% dos entrevistados acreditam que o presidente não tem propostas interessantes para o país. Apesar dele ter o apoio dos militantes da UMP (50% são favoráveis ao seu retorno), os membros das legendas da direita, incluindo os centristas, também estão céticos, e 57% declaram que ele não conseguirá se impor na nova configuração político-partidária francesa.

Na tevê, ex-presidente deu vazão à agressividade

Qual o motivo deste descontentamento? Para o Aujourd’hui France, Sarkozy se mostrou muito agressivo em sua participação ao vivo no canal público France 2. Entrevistado pelo jornalista Laurent Delahousse, ele respondeu várias questões importantes de maneira seca, mostrando que seu estilo continua o mesmo da época em que ocupava o palácio do Eliseu.

Durante seu mandato, Sarkozy ficou conhecido pelo tom vulgar e julgado inadequado à sua função. Uma das histórias mais conhecidas envolvendo seu nome, é o “Cassez toi pauvre con”, ou “Sai daqui idiota”, frase que ele lançou a um francês que se recusou a apertar sua mão durante um evento e que virou bordão no país.

Além de sua infeliz participação no programa, os inúmeros casos de corrupção que vieram à tona citando seu nome também contribuíram para manchar sua imagem. Em compensação, o rival político dentro de seu partido, o ex-premiê Allain Jupé, cresce nas sondagens. Ele é considerado o favorito para concorrer às presidenciais de 2017, com 45% de citações, de acordo com a mesma pesquisa.
 

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