Tensão em Jerusalém pode dar início a uma nova Intifada
Analistas ouvidos pelos jornais franceses desta quarta-feira (19) acreditam que a onda de violência entre israelenses e palestinos em Jerusalém é um sinal de que a região vive o início de uma nova Intifada. A tensão aumentou na terça-feira com o ataque de dois palestinos contra uma sinagoga que matou cinco israelenses, entre eles, um policial.
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Segundo o jornal Le Figaro, o atentado contra a sinagoga "aumentou a tensão em Jerusalém". Ao deixar cinco vítimas fatais, o atentado contra o local de culto foi o mais mortífero dos últimos anos na Cidade Santa, salienta o diário conservador.
"O terror está de volta a Jerusalém", insiste o jornal, ao relatar o ataque cometido por dois palestinos que depois foram mortos em um tiroteio com a polícia. Um analista do Le Figaro considera que a "engrenagem de violência" pode estar próxima de uma "situação sem meia-volta".
Futuro Estado palestino?
"Israel: a esclada mortífera", escrevou o Aujourd'hui en France em sua manchete ao resumir o "massacre na sinagoga".O jornal relata a revolta dos judeus ultraortodoxos que gritaram "morte aos terrristas".
"A cólera dos moradores judeus da cidade santa é palpável", escreve o diário, ao informar que o governo isralense tomou medidas imediatas, como a maior facilidade dos judeus israelenses de ter acesso ao porte de armas para se defenderem.
Em entrevista a Aujourd'hui en France, o diretor do Centro de Estudos e Pesquisas sobre o Mundo Árabe e Mediterrâneo, Hasni Abidi, afirma: "Vivemos o início de uma Intifada".
A situação é tão tensa que, segundo ele, qualquer crime pode "inflamar o país". Abidi acredita que a votação pela Assembleia da ONU da proposta da Jordânia de reconhecimento de um Estado para os palestinos poderia "criar uma dinâmica positiva" para o processo de paz.
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