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França/terrorismo

Sobrevivente do atentado contra o Charlie Hebdo descreve ação dos extremistas

Sobrevivente do massacre no jornal Charlie Hebdo nesta quarta-feira (7), o repórter especial Laurent Léger estava na redação do semanário no momento do ataque. Ele viu os extremistas de frente e conseguiu se esconder debaixo de uma mesa na sala onde acontecia a reunião.

Homenagem aos mortos no atentado contra o jornal Charlie Hebdo na praça da República
Homenagem aos mortos no atentado contra o jornal Charlie Hebdo na praça da República AFP PHOTO / KENZO TRIBOUILLARD
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Segundo Laurent, quando os extremistas chegaram na redação, os jornalistas “ouviram tiros que pareciam rojões.” Em seguida, a porta se abriu e os homens gritaram “Allah Akbar”, disse o repórter em entrevista ao “Le Monde.” Eles estavam encapuzados, como mostram as imagens, vestidos como se fossem policiais da unidade de elite da polícia.

"Eles estavam armados, mas não sei se era uma kalachinikov ou um fuzil, não conheço armas. Consegui me esconder debaixo de uma mesa ao lado de uma parede, e consegui escapar. Meus colegas foram abatidos. Um cheiro de pólvora se espalhou na sala. E depois, um grande silêncio."

Em um dado momento, Léger ouviu o nome de Charb, um dos chargistas e editor-chefe do jornal. “Ele provavelmente estava sendo procurado, mas bastou alguns segundos e todo mundo estava no chão.”

De acordo com Léger, o extremista não o viu. "Ele saiu da sala e entrou no corredor. Ouvi uma conversa com alguém e foi aí que percebi que eles eram dois".

Os dois também disseram que não "matariam mulheres", apesar da psiquiatra e colunista do jornal Elsa Cayat ser uma das vítimas. O repórter descreve a cena como “real e inimaginável.” Ele aproveitou para "agradecer a todos que pensam em nós e nos enviam mensagens de apoio". Depois da tragédia, os sobreviventes foram convidados pela direção do jornal Libération para se instalarem no local. Eles retomaram o trabalho nesta sexta-feira.

O jornal Charlie Hebdo, conhecido pelas charges de humor do profeta Maomé, que já era alvo de um dispositivo de segurança há alguns anos.
 

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