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Após fracassar contrato com Brasil, venda de Rafale para Índia e Egito mostra vigor da indústria francesa

O jornal econômico Les Echos dedica várias páginas de sua edição desta segunda-feira (13) para explicar o sucesso da venda de 36 Rafales para a Índia, segundo país a comprar o avião de caça francês. Em fevereiro, o Egito encomendou 24 aparelhos.

Fábrica Dassault em Mérignac, nos arredores de Bordeaux, no sudoeste da França.
Fábrica Dassault em Mérignac, nos arredores de Bordeaux, no sudoeste da França. REUTERS/Benoit Tessier
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Além de relatar os bastidores da negociação entre Paris e Nova Déli, o jornal destaca que a venda do Rafale ao governo indiano vai aliviar o orçamento do ministério da Defesa, já que o governo francês deixa de ser o único cliente do caça fabricado pela empresa Dassault Aviation.

Um em cada quatro aviões Rafale produzido na fábrica de Mérignac, sudoeste da França, será destinado à exportação, observa o jornal. Esse número poderá aumentar se outros países também decidirem comprar o modelo de caça francês, escreve o diário.

Depois do fracasso para a venda dos aviões ao Brasil, o anúncio do contrato, feito durante a visita do primeiro-ministro indiano Narendra Modi a Paris, abre perspectivas ainda mais otimistas para o Rafale, já que negociações estão em curso com Nova Déli para a compra de um total de 126 aparelhos, sendo que 108 deverão ser montados na Índia.

Lições de um sucesso

Segundo Les Echos, o Rafale era um avião "maldito" e símbolo do fracasso de um país arrogante, que "passava seu tempo a conceber produtos com tecnologia de ponta, mas ao mesmo tempo caros e complexos".

O editorial do diário econômico destaca três lições adquiridas com as vendas para o Egito e a Índia: a primeira é de que a insistência vale a pena e não existe fatalidade quando o produto é bom, porque sempre encontra seu mercado.

A segunda lição é de que a França mostrou que é um ator importante em um setor estratégico e de forte crescimento. O país não tem uma indústria obsoleta, como regularmente apontam os críticos do governo.

E, por último, a venda do Rafale é uma prova bem sucedida da parceira de várias empresas com o Estado, que deu um exemplo de "pragmatismo discreto" nas negociações.
 

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