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Angola, João Lourenço e militares, Coronavírus África e Ásia

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Abrimos esta Imprensa Semanal com LA LETTRE DU CONTINENT, que na sua rúbrica homens do poder, destaca Angola, entre os generais "Kianda e "Disciplina", Lourenço, hesita.

Angola, João Lourenço e militares, ou coronavírus, África e Ásia
Angola, João Lourenço e militares, ou coronavírus, África e Ásia © João Matos
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O último conselho de defesa de 25 de março sob a presidência João Lourenço, foi de novo altura para violentas trocas de galhardetes entre o ministro da Defesa, general  Salviano Sequeira, conhecido por "Kianda" e o chefe do estado maior, general Antonio Egídio de Sousa dos Santos, conhecido por "Disciplina"

Há seis meses que não se entendem com acusações mútuas nomeadamente de desvios financeiros. O Presidente João Lourenço que privilegia decisões colegiais na pura tradição do Partido Estado ainda não fez a sua escolha entre os dois homens que dispõem cada um dos seus apoios no partido.

Esta mesma linha de moderação é defendida pelo general Pedro Sebastião, chefe da Casa de Segurança. Lourenço e Sebastião, são antigos ministros da Defesa e os seus dois filhos dispõem de negócios em conjunto.

Estão a par dos equilíbrios subtis regionais e raciais na alta esfera militar e não querem deitar abaixo este  jogo de poder e contra poder correndo o risco de suportar ainda durante algum tempo a guerra de chefes militares, mesmo se bloqueia alguns contratos e promoções.

O general Kianda é um mestiço e conta com o apoio doutro mestiço,  Frederico Cardoso, chefe da Casa civil da presidência. Os seus adversários como o general "Disciplina" não perdem uma oportunidade para criticar com desprezo os mestiços vistos como agentes de Portugal que tiraram benefícios da guerra.

O chefe do estado maior adjunto, general Geraldo Abreu Ukwachitembo, "Kamorteiro",  é visto como sucessor de "Disciplina" se este perder para "Kianda", mas uma surda rivalidade opoe "Disciplina" a "Kamorteiro", que ele acusa de ser da Unita, um estatuto que no entanto é bem visto na hierarquia militar e cá fora como um sucesso da integração dos antigos quadros de Jonas Savimbi, sublinha, LA LETTRE DU CONTINENT. 

Coronavírus em África ou o bom exemplo da Coreia do sul

Por seu lado, da JEUNE AFRIQUE online, destacamos, o seu editorial, África face ao coronavírus. Um choque político, societal e cultural de ponta, este combate contra o Covid-19 é vital. Se não for bem controlada a pandemia poderá induzir uma regressão demográfica no continente.

LE POINT, faz a sua capa com coronavírus, como fazem os coreanos. Na capital sul-coreana, não há quarentena, mas uma intensa circulação das pessoas nas suas actividades quotidianas, todas mascaradas.

Bares, cafés, restaurantes estão todos abertos ao público. Qual é o segredo da Coreia do Sul? Fazer um teste de Covid-19  é simples como dizer bom dia. Basta deslocar-se a um dos 600 centros de rastreio do país. Desde o começo da crise mais de 400 000 testes foram feitos nos centros da Coreia do sul, onde há em média 15 mil testes diariamente.

"Testamos sistematicamente aqueles que têm um cadastro de contactos ou de sintomas", afirma o professor Lee Jong-koo, especialista brilhante de epidemias e Saúde pública, sublinha, LE POINT. 

Por seu lado, L'OBS, dedica a sua capa à geolocalização, drones, pode Big Brother salvar-nos? Aceitaremos uma vigilância generalizada da população com infiltrações nos telemóveis para se poder travar a epidemia do Covid-19?

A China, a Coreia do sul, Singapura, mas também a Alemanha, já implementaram uma forma de controlo digital. A França deve entrar na dança? E deve adoptar o modelo de Taiwan tido como mais fiável?

Para já para se saber se os franceses respeitam a quarentena, operadoras de telefone recolhem dados nos nossos telemóveis. Para o jurista Denis Salas as nossas liberdade públicas estão em perigo nesta nova sociedade profiláctica, sublinha, L'OBS. 

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