Nuno Nabian diz que CEDEAO reconhece o seu governo
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Nuno Nabian, afirmou, em Lisboa, que a CEDEAO, reconheceu o seu Governo. Numa entrevista à agência Lusa publicada este domingo, Nuno Nabian defendeu que o seu executivo respeita a Constituição e os resultados eleitorais, um dia depois de cerca de 500 guineenses terem contestado a sua legitimidade num protesto na capital portuguesa.
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O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Nuno Nabian, disse que a CEDEAO, reconheceu o seu Governo. Recordo que Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, o partido que venceu as legislativas de março de 2019, denunciou à RFI que esse governo e a aprovação de uma nova maioria parlamentar é "brincar com o país".
Na quarta-feira, o Conselho de Segurança da ONU expressou preocupação com os recentes incidentes na Guiné-Bissau e admitiu a possibilidade de adoptar "medidas apropriadas".
Em entrevista à agência Lusa, Nuno Nabian defendeu que o seu executivo respeita a Constituição e os resultados eleitorais.
"A CEDEAO reconhece o Governo actual, porque tudo aquilo que é da base da Constituição foi cumprido de acordo com as recomendações da CEDEAO", afirmou Nuno Nabian.
Nuno Nabian, Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau
Este sábado, cerca de 500 guineenses a viver em Portugal participaram numa manifestação em Lisboa para pedir o respeito pela Constituição e para se oporem à visita do primeiro-ministro Nuno Nabian a Portugal. Mariano Quade, um dos organizadores do protesto, explica porquê: “Esta manifestação é feita num momento em que temos um primeiro-ministro que também foi colocado à força, à revelia daquilo que é a ordem democrática. E também estranhamos, e de que maneira, a recepção ou o acolhimento oficial que tem sido dado a um primeiro-ministro que não está de acordo com aquilo que é a Constituição.”
Mariano Quade, Organizador de protesto em Lisboa
A Guiné-Bissau está a viver um período de especial tensão política desde o início do ano, depois de a Comissão Nacional de Eleições ter declarado Umaro Sissoco Embaló vencedor da segunda volta das eleições presidenciais.
O candidato dado como derrotado, Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, não reconheceu os resultados eleitorais, alegando que houve fraude e meteu um recurso de contencioso eleitoral no Supremo Tribunal de Justiça, que não tomou, até hoje, qualquer decisão.
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