Presidente guineense decidiu dissolver o parlamento alegando crise
O Chefe de Estado guineense informou que pretende dissolver o parlamento, conforme avançado esta manhã pelo presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, após ser recebido por Umaro Sissoco Embalo que esta sexta-feira ouve os partidos políticos com assento no parlamento.
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Tal como a RFI avançou na quinta-feira, Umaro Sissoco Embalo comunicou hoje aos actores políticos que vai dissolver o parlamento.
O Presidente guineense alega como motivos, uma crise entre os partidos da coligação no Governo, uma crise no parlamento e ainda a situação securitária do país.
Pela primeira vez numa audiência com Umaro Sissoco Embaló, o presidente do PAIGC, o seu arquirrival nas últimas eleições presidenciais, Domingos Simões Pereira não concorda com a intenção do Presidente da República.
Domingos Simões Pereira disse que uma dissolução do parlamento nesta altura seria uma decisão catastrófica para a Guiné-Bissau.
"Ele é que saberá dizer o que o motivou a pensar nisso. Eu acho que a única coisa que nós fizemos foi partilhar o nosso pensamento e mostrar que a ideia da dissolução do parlamento, porque estamos em face de assuntos que são fracturantes, não é uma solução. Não é uma solução porque é a vocação da Assembleia Nacional Popular tratar de assuntos fracturantes. Portanto, não se encontra solução dissolvendo a única entidade que tem, não só competência, mas tem vocação para promover o debate. Deve-se é promover o debate. A nossa delegação sugeriu que houvesse uma intervenção dirigida à Nação juto da Assembleia Nacional Popular para redirecionar os mecanismos de diálogo interno que têm sido utilizados. Mas, como podem imaginar, nós também falamos de outros indicadores que -a nosso ver- demonstram claramente a responsabilidade dele, de forma directa, naquilo que é o ambiente securitário que se vive no país", declarou o líder od PAIGC.
O Presidente Embalo, que hoje recebe a visita do seu homólogo do Níger, Mohamed Bazoum, reúne o Conselho de Estado na segunda-feira. Analistas da política guineense admitem que se não mudar de opinião poderá decretar a dissolução do parlamento na segunda-feira.
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