Guiné-Bissau: Braço-de-ferro entre padarias e governo sobre preço do pão
O governo guineense ameaça encerrar as padarias em resposta ao aumento do preço do pão. Os proprietários das padarias recusam produzir e vender o pão a 150 francos CFA.
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A decisão do governo em baixar o preço da farinha de trigo e, consequente reduzir o preço do pão entrou em vigor no domingo, 24 de Setembro, mas os padeiros tradicionais decidiram boicotar a produção para protestar contra esta medida governamental.
Em protesto contra a decisão do governo em baixar o preço do pão a 150 francos CFA, os padeiros tradicionais não anunciaram o início e o fim da reivindicação, mas deixaram a capital de Bissau desde ontem, sem um dos principais produtos alimentar.
O ministro do Comércio convocou de emergência os importadores da farinha de trigo, os padeiros tradicionais, industriais e a Associação dos Consumidores. João Handem Júnior ordenou o fecho das padarias violadoras; "a ordem é de encerrar imediatamente os estabelecimentos e confiscar todos os produtos. No meu bairro, se não vender pão, eu mesmo, vou encerrar os estabelecimentos".
Enquanto se procura a solução deste braço de ferro, a falta de pão na capital Bissau, alimentada maioritariamente pela produção tradicional, está a ser colmatada pelos padeiros industriais.
A Associação dos Padeiros Tradicionais da Guiné-Bissau assinou, recentemente, com o governo o acordo que permitiu baixar o preço da farinha de trigo, de 29.000 francos CFA para 24.600 francos, reduzindo consideravelmente o preço do pão, de 200 para 150 francos CFA.
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