Bissau : 2017 herda instabilidade e CAN
Chega ao fim o ano de 2016, mas a Guiné-Bissau de certeza que irá transportar para o Novo Ano os crónicos problemas derivados da instabilidade política.
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2016 ficou marcado com a queda de três Governos, governos que nunca conseguiram entendimentos com o
Parlamento que se encontra bloqueado devido às lutas entre os principais partidos; o PAIGC, PRS e um grupo de deputados dissidentes do PAIGC.
Os analistas da política guineense assumem, sem rodeios, que a crise política iniciada em 2015, com a queda do primeiro Governo saído das eleições de 2014, agudizou-se sobretudo com as desavenças entre o
Presidente José Mário Vaz e o líder do PAIGC, partido vencedor das eleições, Domingos Simões Pereira.
Os dois dirigentes protagonizaram muita luta política no Parlamento, nos tribunais e na frente diplomática. Como consequências: compromissos rompidos, sentenças judiciais não cumpridas e acordos para acabar com a crise não respeitados.
Como não podia deixar de ser, a instabilidade política motivou greves dos funcionários públicos e até o campeonato de futebol teve que ser paralisado por falta de verbas.
Durante todo o ano de 2016 o país funcionou à base de duodécimos por falta de aprovação do Orçamento
Geral do Estado no Parlamento.
Talvez a única alegria a assinalar em 2016, foi a inédita qualificação da selecção de futebol para a fase final do Campeonato Africano das Nações a disputar no Gabão.
O problema será sem dúvidas arranjar dinheiro para uma representação condigna dos “djurtus” no CAN 2017, como relata o nosso correspondente em Bissau, Mussá Baldé.
Correspondência da Guiné-Bissau
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