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#Moçambique/SADC

Nyusi destaca combate ao terrorismo como necessidade comum da SADC

No discurso de encerramento da 40ª Cimeira Ordinária de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que se realizou, esta segunda-feira, por via virtual, a partir de Maputo, o Presidente moçambicano destacou o combate ao terrorismo como uma necessidade comum dos países da SADC. Moçambique assumiu a presidência rotativa da SADC para os próximos 12 meses.

Fotografia tirada a 24 de Agosto de 2019 a mostrar os restos de uma casa na Aldeia da Paz, na província de Cabo Delgado, após mais um ataque na região.
Fotografia tirada a 24 de Agosto de 2019 a mostrar os restos de uma casa na Aldeia da Paz, na província de Cabo Delgado, após mais um ataque na região. AFP - MARCO LONGARI
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Moçambique assumiu, esta segunda-feira, a presidência rotativa da SADC para os próximos 12 meses, sucedendo à Tanzânia. O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, destacou o combate ao terrorismo como uma necessidade comum dos países da organização e sublinhou o imperativo da cooperação regional na luta contra o extremismo. As declarações foram feitas no discurso de encerramento da 40.ª Cimeira Ordinária de Chefes de Estado e de Governo da SADC.

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Filipe Nyusi, presidente moçambicano

"A prevalência de um ambiente de relativa paz e estabilidade dos nossos países, a zona de comércio livre, o processo de industrialização e a manutenção de valores de governação democrática são progressos de que nos devemos orgulhar porque foram alcançados num quadro de imensos desafios, como as mudanças climáticas, a crise económica e financeira, o crime organizado transnacional, extremismo e terrorismo, a que se juntaram doenças endémicas tais como a malária, cólera, HIV-Sida, ébola, entre outras", declarou Filipe Nyusi.

A atenção no tema do terrorismo na cimeira surge numa altura em que a província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, é palco de ataques de grupos armados classificados desde o início do ano pelas autoridades moçambicanas e internacionais como ameaça terrorista. A violência armada levou à fuga de 250.000 pessoas de distritos afectados pela insegurança, de acordo com a ONU.

A cimeira realizou-se sob o lema "40 Anos Construindo a Paz e Segurança, Promovendo o Desenvolvimento e Resiliência Face aos Desafios Globais".

Filipe Nyusi disse, ainda, esperar que a Cimeira Extraordinária de Março 2021 se possa realizar presencialmente.

"Em tempo de pandemia de Covid, exige-se de todos nós esforços adicionais, maior solidariedade, acção coordenada e concertada como organização e Estados que partilham um destino e futuro comuns. Esperamos que as condições estejam a nosso favor para que a Cimeira Extraordinária de Março 2021, momento em que pretendemos promover em paralelo o primeiro fórum económico da SADC e seus parceiros, possa ter lugar em Maputo em formato presencial", afirmou.

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Filipe Nyusi, chefe de Estado moçambicano

A SADC é composta por 16 Estados membros: África do Sul, Angola, Botsuana, Comores, República Democrática do Congo, Essuatíni, Lesoto, Madagáscar, Maláui, Ilhas Maurícias, Moçambique, Namíbia, Seicheles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué. A organização foi estabelecida em 1980, como Conferência de Coordenação do Desenvolvimento da África Austral (SADCC) e, mais tarde, em Agosto de 1992, foi transformada em Comunidade de Desenvolvimento da África Austral.

“Responsabilidade colectiva no combate ao terrorismo”

No final da cimeira, o antigo secretário-executivo da SADC, o moçambicano Tomás Salomão, defendeu que a questão do terrorismo na província de Cabo Delgado deve merecer atenção redobrada. 

“É preciso que se encontre uma forma em que os países  possam assumir uma responsabilidade colectiva no combate ao terrorismo e, neste caso específico, Moçambique está sendo vítima  disto e tudo o que se diz é que estes terroristas têm a sua base logística, têm o seu ponto de partida na República Unida da Tanzânia”, afirmou.

Tomás Salomão também olha com preocupação para o futuro económico das nações face à covid-19. “Em 2020, quase todas as economias da região vão ter um crescimento negativo”, alertou.

Oiça aqui a reportagem de Orfeu Lisboa:

01:17

Correspondência de Moçambique, 17/8/2020

 

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