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Moçambique

Moçambique: insegurança alimentar severa para 2,9 milhões de pessoas até Março

Cerca de 2,9 milhões de pessoas poderão enfrentar uma situação de insegurança alimentar severa em Moçambique até Março deste ano segundo um relatório de previsões de organizações humanitárias e governamentais sobre esta matéria.

De acordo com o relatório IPC, as zonas afectadas em 2019 pelos ciclones Idai e Kenneth, vão também continuar fragilizadas perante o risco de insegurança alimentar severa.
De acordo com o relatório IPC, as zonas afectadas em 2019 pelos ciclones Idai e Kenneth, vão também continuar fragilizadas perante o risco de insegurança alimentar severa. RFI/Cristiana Soares
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Os números revelam o negro cenário que se avizinha. São milhares de famílias cuja condição de vida se vai degradar devido à insegurança alimentar que se vai fazer sentir com maior severidade junto de mais de 2 milhões de pessoas em meio urbano, designadamente devido à desaceleração da economia provocada pela pandemia, sendo que o fenómeno também se vai verificar junto de 800 mil pessoas em zona rural, segundo perspectivas de várias organizações humanitárias e governamentais durante o período compreendido entre Janeiro e Março.

As zonas de conflitos armados, sobretudo na província de Cabo Delgado, poderão enfrentar uma situação bem mais grave, o relatório IPC (Classificação Integrada de Segurança Alimentar, sigla inglesa) antevendo que um quinto das pessoas em insegurança alimentar severa elevada venha a estar naquela província do norte do país.

O governo moçambicano olha também com preocupação para a seca que poderá impactar negativamente a vida das populações designadamente nas províncias de Gaza e Inhambane no sul.

Um desafio a ser enfrentado, reconhece a Presidente do Instituto Nacional de Gestão de Desastres, Luisa Meque. “Nós queremos estar atentos pela prevenção, prevenção e prevenção, este é o nosso grande desafio”,  vincou a responsável.

A situação da insegurança alimentar em Moçambique cujo relatório contou com o contributo de várias organizações humanitárias e governamentais, tais como o Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutrição (Setsan, entidade estatal), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), bem como o Programa Alimentar Mundial (PAM), Actionaid e World Vision está a ser alvo de debate numa altura também em que se olha para o impacto que a covid-19 poderá ter na vida da população.

 

 

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