ONU: 30 mil pessoas forçadas a abandonar Palma
As Nações Unidas indicaram, esta sexta-feira, que cerca de 30 mil pessoas foram forçadas a fugir da Vila de Palma, norte de Moçambique, palco de violentos combates desde o fim do mês de Março.
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O Alto Comissário para os Refugiados está preocupado com as consequências humanitárias ligadas à escalada de violência que se vive no norte de Moçambique. O porta-voz do ACR, Babar Baloch, indicou que o ataque perpetrado por homens armados, no passado dia 24 de Março, obrigou 30 mil pessoas a abandonarem a vila de Palma.
“Aqueles que fugiram e que tentaram chegar a um porto seguro no próprio país, ou nos países vizinhos foram confrontados com vários obstáculos”, referiu Babar Baloch.
O porta-voz do do ACR referiu que 80% das pessoas que foram vítimas de abuso são mulheres e crianças, mostrando-se ainda preocupado com as famílias que foram separadas durante o conflito.
“Várias crianças estão a chegar traumatizadas e esgotadas por terem sido separadas das suas famílias. As famílias chegam sem nada e muitas vezes com problemas de saúde, malnutrição severa”, declarou Baloch.
Desde finais de 2017, grupos jihadistas têm levado a cabo vários ataques na província de Cabo Delgado, rica em gás natural. Os ataques mortíferos dos combatentes, conhecidos localmente pelo nome de Al-Shabab (jovens árabes) aumentaram nos últimos anos. No passado dia 24 de Março, grupos terroristas atacaram a vila portuária de Palma, provocando dezenas de mortes.
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