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Abuso Sexual

Organização denuncia exploração sexual na prisão feminina de Ndlavela

Há uma rede de exploração sexual no estabelecimento penitenciário especial para mulheres de Maputo mais conhecida por cadeia feminina de Ndlavela. A conclusão é da organização da sociedade civil Centro de Integridade Pública que durante meio ano investigou o caso.

A prisão feminina de Ndlavela acolhe 130 mulheres que cumprem penas entre dois a 30 anos de cadeira.
A prisão feminina de Ndlavela acolhe 130 mulheres que cumprem penas entre dois a 30 anos de cadeira. © Santegidio
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Durante meio ano, o Centro de Integridade Publica (CIP) através dos seus investigadores concluiu que há exploração sexual de reclusas no estabelecimento penitenciário para Mulheres de Maputo avançou o investigador Borges Nhamirre.

"Esse assunto é de conhecimento de muitas pessoas lá na cadeia. Não é uma coisa, assim, de um guarda, de oportunidade. É um esquema já estabelecido e que funciona há anos", disse Nhamirre.

As imagens projectadas em vídeo no final da investigação são chocantes e revelam como o esquema de exploração sexual funciona mesmo à luz do dia.

"O que nós esperamos é que depois desta investigação seja possível o Ministério Público, mas também o Ministério da Justiça para a parte administrativa, identificarem as pessoas envolvidas que estão lá. As imagens são claras, estão lá os nomes. Essas pessoas devem responsabilizadas, mas acima de tudo espero que seja possível parar com essa exploração", sublinhou o investigador.

A exploração sexual é também confirmada por reclusas já em liberdade e cujas identidades, para a sua segurança, não foram reveladas.

Reagindo a esta informação, o Ministério moçambicano da Justiça garantiu hoje que vai investigar estas denúncias. "Estamos a tomar medidas para apurar a veracidade da mesma", declarou o vice-ministro da Justiça, Filimão Sauze, à saída de uma sessão do Conselho de Ministros em Maputo.

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