Greve dos transportes de passageiros de Nampula face ao aumento do preço do combustível
Os transportadores semicolectivos de passageiros estão em greve na cidade de Nampula, no norte de Moçambique, em protesto contra a subida do preço do combustível. Para que voltem à sua actividade, exigem o reajuste da tarifa que actualmente não cobre os custos da prestação de serviço.
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A greve dos transportadores semicolectivos de passageiros na cidade de Nampula iniciada na segunda-feira tem a sua razão de ser, segundo defendem os motoristas e cobradores. "Assim que o combustível subiu, até levamos a receita do patrão para acrescentar na compra do combustível e não é justo nós só trabalharmos para o combustível e nós não irmos sem nada para casa" diz um trabalhador do sector. "Nem hoje, nem quarta-feira não havemos de trabalhar" afirma outro.
Uma semana depois de verem o governo agravar o preço dos combustíveis a nível nacional, os motoristas querem igualmente que a tarifa da passagem por viagem seja também reajustada. "Estamos a pedir o nosso direito, como chapeiros, automobilistas, subida de preço. 20 Meticais independentemente de onde a pessoa vai descer", reclama um operador.
Os passageiros consideram os valores exigidos insustentáveis. "20 Meticais/Chapa (transporte semicolectivo de passageiro). Como é que vamos fazer. 20 Meticais é muito", queixa-se uma utente.
Os transportadores semicolectivos de passageiros privados prometem manter a greve até que a tarifa da passagem seja revista na cidade de Nampula onde os munícipes também se queixam do elevado custo de vida.
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