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#Moçambique

Polícia anuncia reforço face às ameças de manifestações

A polícia moçambicana anunciou estra quinta-feira, 14 de Julho, o reforço dos efectivos em território nacional. Em causa está a circulação de mensagens convocando uma manifestação nacional em protesto contra o elevado custo de vida no país.

Sacos de cebola e batata amontoados para venda no mercado grossista do Zimpeto, em Maputo, Moçambique, 25 de abril de 2022. Famílias de Maputo já levam menos compras para casa e começam a mudar de hábitos alimentares, como deixar a comida do jantar para o pequeno-almoço do dia seguinte, sem pão, devido à subida de preços na capital. LUÍSA NHANTUMBO/LUSA
Sacos de cebola e batata amontoados para venda no mercado grossista do Zimpeto, em Maputo, Moçambique, 25 de abril de 2022. Famílias de Maputo já levam menos compras para casa e começam a mudar de hábitos alimentares, como deixar a comida do jantar para o pequeno-almoço do dia seguinte, sem pão, devido à subida de preços na capital. LUÍSA NHANTUMBO/LUSA LUSA - LUÍSA NHANTUMBO
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Nas ruas da capital moçambicana reina um ambiente de alguma apreensão, face à circulação de mensagens convocando uma manifestação nacional em protesto contra o elevado custo de vida no país.

A polícia moçambicana anunciou que as autoridades não identificaram até ao momento a autoria das mensagens, que circulam nas redes socais, sublinhando, porém, o reforço dos efectivos em território nacional.

Em declarações à RFI, a ativista de direitos humanos, Quitéria Guirengane, reconhece que a situação revela o nível de saturação do povo que precisa de meios para sobreviver.

“O cidadão moçambicano está a viver numa situação bastante precária e sempre temos uma justificação em relação a isso. Hoje é a guerra na Ucrânia, ontem era a situação do terrorismo em Cabo Delgado, do conflito político-militar na região centro, são as intempéries, os ciclones. Há sempre um argumento para fundamentar, mas a verdade é que as pessoas não vivem na base deste argumento, as pessoas precisam de meios para sobreviver”.

De acordo com a agência de notícia Lusa, a Organização dos Trabalhadores de Moçambique, que recentemente ameaçou realizar uma manifestação em protesto contra o elevado custo de vida, apelou à calma e pediu aos moçambicanos para não se envolverem em situações de violência.

No início do mês, a Autoridade reguladora de Energia de Moçambique anunciou  mais um aumento do preços dos combustíveis, um aumento que teve um impacto directo no preço de outros produtos básicos- como o arroz, a farinha de milho, o óleo, o açúcar, o pão e os transportes.

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