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Moçambique

ACNUR: Situação dos deslocados em Cabo Delgado é “preocupante”

A situação dos deslocados em Cabo Delgado é “preocupante”, garantiu à Agência de Notícias Lusa, Lara Bommers, encarregada de comunicação do ACNUR em Pemba.

Famílias deslicadas em Cabo Delgado. 14 de Junho de 2022. (Imagem de arquivo).
Famílias deslicadas em Cabo Delgado. 14 de Junho de 2022. (Imagem de arquivo). AFP - ALFREDO ZUNIGA
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A emergência humanitária mantém-se em Cabo Delgado com cerca de um milhão de deslocados e subfinanciamento das operações. O alerta é do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

Em declarações à Agência de notícias Luasa, a encarregada de comunicação do ACNUR em Pemba, Lara Bommers, disse que a situação dos deslocados em Cabo Delgado é “preocupante”.

Lara Bommers admite que nos últimos tempos houve uma diminuição dos ataques “não sabemos se é por causa do Ramadão” ou por uma “restruturação dos grupos armados”, todavia mantém-se “os ataques esporádicos”.

Estes ataques esporádicos levam as pessoas as deslocar-se. “Na semana passada tivemos o movimento de 2 mil pessoas. Os números de deslocados não está a baixa. Cada ataque conduz a um movimento de pessoas que nós temos de apoiar”, admite a encarregada de comunicação do ACNUR em Pemba.

Lara Bommers alerta para o facto da ACNUR ter um orçamento sobretudo centrado na situação no norte do país, mas que está subfinanciado.

"Este ano, como temos mais necessidade, o nosso orçamento é de 47,4 milhões de dólares. Estamos em Abril, mas nem um quarto está financiado: temos apenas 23%. Isso é uma dificuldade, mas não vai impedir de nos adaptarmos e continuarmos a trabalhar", reconheceu.

Há cinco anos que a província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, vive a braços com a insurgência armada, alguns dos ataques perpetrados foram reclamados pelo autodenominado grupo extremista Estado Islâmico.

Os chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) aprovaram em Junho de 2021, em Maputo, um mandato da "força em sstado de alerta" da organização, para combater ao terrorismo e a actos de extremismo violento na província nortenha de Cabo Delgado.

O conflito armado já fez mais de um milhão de deslocados e cerca de 4.000 mortes.

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