Moçambique enfrenta "crise profunda de valores humanistas"
O alerta é do investigador social na cidade da Beira, província de Sofala, no centro do país, que considera que está em estado acelerado a construção de uma sociedade cada vez mais egoísta e sem compaixão para com o próximo.
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Foi a falar na qualidade de orador de uma palestra sobre a pertinência da fraternidade em tempos de crise que o investigador social, Pedrito Cambrão, considerou que a sociedade moçambicana está cada vez mais egoísta e onde o respeito pelo próximo deixou de existir.
"Hoje em dia, não se pensa duas vezes para a pessoa vender a sua própria dignidade para obter aquilo que quer. Não se olha duas vezes quando alguém vende outra pessoa, quando falamos de tráfico de pessoas. O homem virou um produto que pode se colocar no mercado", denunciou o investigador Pedrito Cambrão.
O académico não tem duvidas que países como Moçambique vivem, nos dias que correm, uma crise profunda de valores humanistas.
"Quando se é possível vender uma população inteira em função de construir um mega projecto, não há igualdade absoluta, mas há que haver equidade. Se alguém tem dois meios de transporte, porque é um dirigente, é preciso que haja transportes públicos cómodos e eficiente para outras pessoas", acrescentou.
A palestra fraternidade em tempos de crise humanista foi promovida pela Universidade Católica de Moçambique na cidade da Beira.
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