Moçambique enfrenta "o desafio de acabar com terrorismo em Cabo Delgado"
Na cerimónia das comemorações dos 48 anos da independência, na praça dos Heróis, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, lembrou que o país enfrenta o desafio de "acabar com a violência terrorista em Cabo Delgado".
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O Presidente Filipe Nyusi dirigiu as cerimónias dos 48 anos da Independência de Moçambique na Praça dos Heróis, em Maputo. No seu discurso lembrou que o país ainda enfrenta o desafio de acabar com o terrorismo no norte de Moçambique.
"Celebramos os 48 anos da nossa independência nacional com o desafio de, urgentemente, estancar os focos de violência terrorista, que ainda se registam em alguns distritos de Cabo Delgado", afirmou o chefe de Estado moçambicano.
O Presidente moçambicano lembrou a presença das forças da SADC e do Ruanda no norte do país. "Nos últimos tempos, verifica-se o retorno das populações deslocadas às suas zonas de origem", um regresso que resulta do "esforço das forças de defesa de Moçambique, que contam com apoio de países amigos da SADC e do Ruanda. A força local é constituída por aqueles que ontem libertaram Moçambique e hoje não querem ver o país tomado pelos nossos inimigos", acrescentou.
Depois da cerimónia, o antigo Presidente moçambicano, Joaquim Chissano, recolheu-se no monumento da praça dos Heróis Moçambicanos, onde se encontram os restos mortais dos heróis moçambicanos da revolução, Eduardo Mondlane e Samora Machel.
"Há um combate conjunto. Todo o povo está empenhado no combate ao terrorismo. Vamos juntar forças contra este inimigo porque não sabemos de onde vem, nem o que quer, mas sabemos que destrói, mata, mutila as populações. Sabemos que há cidadãos que foram recrutados e é preciso recuperá-los", defendeu Joaquim Chissano.
Oiça aqui as declarações de Joaquim Chissano:
Declarações Chissano 25062023
1150 veteranos da luta de libertação de Moçambique condecorados
"A nossa independência simboliza a consagração do orgulho nacional e representa o marco distintivo da nossa soberania, resultante do sacrifício e do derramamento de sangue dos moçambicanos. Ao celebrar os 48 anos da nossa independência, podemos afirmar que valeu a pena o sacrifício dos nossos heróis", declarou Filipe Nysui.
A participar nas celebrações, o veterano João Chicana recordou "os anos de luta de libertação muito difíceis para libertar o povo e conseguimos".
Estondo Bwanzur, veterano da luta de libertação de Moçambique, também foi condecorado este domingo. "Na altura tinha 12 anos quando integrei a base. Estávamos bem organizados para conquistar a nossa independência e conseguimos. Isso foi muito bom", contou.
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