Moçambique: Médicos dizem que não temem as ameaças do Governo
A Associação Médica de Moçambique não vai ceder às intimidações do Governo e exige que estes respondam às preocupações de melhores condições salariais e outras que constam do caderno reivindicativo. Por outro lado, ameaçam suspender a prestação dos serviços mínimos e nas urgências dos hospitais moçambicanos.
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A Associação Médica de Moçambique na voz do seu presidente Milton Tatia avisa que não vai ceder às intimidações do Governo.
“Se os descontos salariais e outras medidas de intimidação, como a denegação de nomeações definitivas e a expulsão de médicos com nomeação provisória se efectivarem, os serviços mínimos serão interrompidos, nenhum médico voltará ao trabalho e o Governo terá que contratar mais de 1500 médicos para as nossas unidades sanitárias. Com esta banalização da remuneração pelo trabalho nos sectores prestados, nos serviços de urgência, orientaremos os colegas para não prestarem estes serviços de urgência depois do horário normal de expediente, nos fins de semana, nos feriados ficando esta responsabilidade para o nosso Governo”, assegurou Milton Tatia.
O presidente da Renamo, Ossufo Momade, reagiu com condenação às ameaças do Governo à classe médica.
“É grave e preocupante, ao invés do Governo resolver os problemas dos médicos e de toda a classe de profissionais da Administração pública, esteja a promover ameaças e intimidações”, concluiu Ossufo Momade.
A greve nacional dos médicos decorre desde o dia 10 de Junho.
Ouça aqui a Reportagem do nosso correspondente, Orfeu Lisboa.
Correspondência de Moçambique 17-08-2023
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