RSF condena ataque a Ericino de Salema
Repórteres sem Fronteiras denuncia atentado à liberdade de imprensa e pede inquérito ao rapto de Ericino de Salema.
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A organização não-governamental Repórteres sem Fronteiras emitiu este sábado um comunicado a condenar o rapto do jornalista moçambicano Ericino de Salema.
As autoridades “que façam tudo para encontrar os autores desta violenta agressão e enviar uma mensagem forte aos que atacam jornalistas moçambicanos”, sublinha Arnaud Froger, responsável África da Repórteres sem Fronteiras.
Ericino de Salema, jornalista moçambicano e comentador do "Pontos de Vista" no canal privado STV, um programa de análise política, foi sequestrado na terça-feira passada e horas depois encontrado gravemente ferido no distrito de Marracuene, a oito quilómetros do centro de Maputo.
Também a organização Human Rights Watch exigiu uma investigação "urgente" ao rapto do jornalista moçambicano.
Num comunicado assinado pelo director da Human Rights Watch para a África Austral, Dewa Mahvinga, lamenta o incidente e denuncia uma “atmosfera de medo”.
Na mesma linha a Amnistia Internacional defendeu que os casos de raptos e agressões de analistas políticos em Moçambique revelam o aparecimento de uma sociedade que não respeita a liberdade de pensamento. David Matsinhe, investigador Lusófono para a África Austral da Amnistia Internacional alertou ainda para a instalação de uma "cultura de medo".
Moçambique ocupa o 93° lugar na edição de 2017 do Índice de Liberdade de Imprensa elaborado pela Repórteres sem Fronteiras.
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