Quarteto para o Oriente Médio reafirma apoio à criação de estado palestino
Em visita à Cisjordânia, Ban Ki Moon, secretário-geral da ONU, voltou a dizer que o quarteto, formado por Estados Unidos, Rússia, União Europeia e Nações Unidas condenam construção de novos assentamentos na região. Neste domingo, Ban Ki Moon chega à Faixa de Gaza, para levar seu "apoio ao povo palestino."
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O secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, voltou a condenar a construção de novos assentamentos israelenses na Cisjordânia e disse que o quarteto para o Oriente Médio (Estados Unidos, Rússia, União Europeia e Nações Unidas) apoia os esforços para a criação de um estado palestino. Ele ainda defendeu a retomada das negociações, dizendo que "é possível encontrar uma solução para tornar Jerusalém a capital dos dois estados, com locais sagrados que sejam do consenso de todos." Os palestinos, em princípio, exigem que Jerusalém seja a capital do futuro estado.
Durante uma reunião com o primeiro-ministro palestino, Sallam Fayad, Ban Ki Moon declarou que viu “com seus próprios olhos as restrições e o limites enfrentados pelo povo palestino. Mesmo em seu próprio território, vocês não tem condições de levar uma vida normal.” Ban Ki Moon fez um apelo para que os israelenses respeitem o último acordo de 2003, prevendo a interrupção de todas as obras nos territórios ocupados, inclusive no leste da capital, Jerusalém.
O secretário da ONU também deve visitar Jerusalém e a Faixa de Gaza. Em novembro, a Autoridade Palestina pediu o apoio do Conselho de Segurança da ONU para declarar a independência unilateral do estado Palestino, diante da dificuldade de retomar o processo de paz. Os dirigentes palestinos se comprometeram a definir as instituições de um estado palestino, independentemente da posição de Israel.
Reunidos em Moscou nesta sexta-feira, Quarteto de Mediadores para o Oriente Médio incitaram Israel a congelar todos seus assentamentos e fechar os postos de controle na fronteira, construídos em 2001.
Nathalia Watkins, correspondente da RFI em Jerusalém
O grupo composto por Estados Unidos, União Europeia, ONU e Russia, reunido em Moscou, voltou a condenar o anúncio da construção de 1600 casas em Jerusalém Orienta. O Quarteto também pediu que seja formado um Estado palestino em até dois anos, e que Israel interrompa as demolições e despejos de palestinos em Jerusalém Oriental. Os dirigentes palestinos aprovaram a iniciativa do quarteto, mas pediram que “as palavras se traduzam em atos.”
Segundo o jornal israelense Haaretz, o premiê Benjamin Netanyahu deve se reunir com o presidente Barack Obama e com a secretária de estado Hillary Clinton nos próximos dias, para tentar resolver a crise diplomática causada pelo anúncio das construções, feito durante a visita do vice presidente Joe Biden na semana passada.
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