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Irã/Nuclear

Irã entrega à AIEA acordo mediado por Brasil e Turquia

O Irã entregou à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, na sigla em inglês), em Viena, a carta informando o conteúdo do acordo negociado com o Brasil e a Turquia, que prevê a troca de combustível nuclear no exterior das fronteiras iranianas. Na sexta-feira, Teerã contatou o diretor da Agência e marcou a entrega do documento hoje, na presença de representantes do Brasil e da Turquia.

Sede da AIEA em Viena, na Áustria.
Sede da AIEA em Viena, na Áustria. AFP
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A carta entregue hoje é assinada pelo diretor da Organização Iraniana de Energia Atômica, Ali Akbar Salehi, e descreve os detalhes do acordo fechado na semana passada no Irã, durante a passagem do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva pelo país. A assinatura do documento, na segunda-feira da semana passada, contou também com a presença do primeiro-ministro turco Recep Tayip Erdogan.

A carta formaliza a proposta de acordo negociada entre os três paises, que prevê o envio à Turquia de 1.200 quilos de urânio iraniano com baixo enriquecimento, de apenas 3.5%. Em troca, o governo iraniano receberia 120 quilos de urânio enriquecido a 20%. O material seria encaminhado ao reator de pesquisas nucleares com fins medicinais, em Teerã.

Apesar dessa oferta, os Estados Unidos continuam pressionando os países membros das Nações Unidas a impor novas sanções contra o programa nuclear iraniano. Na semana passada, apenas um dia após o anúncio do acordo entre Irã, Turquia e Brasil, Washington divulgou um esboço de texto no qual pedia ao Conselho de Segurança da ONU que novas sanções econômicas e diplomáticas sejam lançadas contra Teerã, na tentativa de impedir a atividade de enriquecimento de urânio do Irã.

Na semana passada a Casa Branca conseguiu convencer a China e a Rússia a apoiar seu projeto de resolução.

Oposição

A classe política iraniana contesta a iniciativa norte-americana, inclusive os membros da oposição. Nessa segunda, Mir Hossein Mussavi, candidato derrotando nas eleições presidenciais do Irã no ano passado, criticou as possíveis sanções impostas pelo ocidente. Segundo ele, mesmo se a situação atual é prova de uma má gestão da política internacional do governo de Mahmoud Armadinejad, é impossível concordar com as possíveis sanções.
 

 

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